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Sindicato critica mas "idoneidade de Rocha Andrade não está em causa"

Secretário de Estado tem sido alvo de críticas após se saber que houve viagens pagas pela Galp.

Sindicato critica mas "idoneidade de Rocha Andrade não está em causa"
Notícias ao Minuto

19:27 - 05/08/16 por Pedro Filipe Pina

Economia Paulo Ralha

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade (na imagem), tem sido alvo de críticas após ter sido divulgado que esteve no Euro’2016 para ver a Seleção jogar, com a viagem a ser paga pela Galp.

O Notícias ao Minuto falou com Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Impostos, sobre o código de conduta que os funcionários do Fisco têm de respeitar e sobre esta polémica.

A razão pela qual os funcionários do Fisco são desaconselhados a aceitar ofertas de contribuintes é clara: o objetivo é evitar “situações que condicionem a atividade”, evitando-se assim qualquer risco de “tratamento privilegiado”.

O manual em causa contém regras gerais mas especifica também cuidados a ter, como por exemplo um qualquer convite feito para um almoço feito por uma empresa a um funcionário do Fisco.

Estas regras, no entanto, não existem de forma expressa para detentores de cargos políticos, embora Paulo Ralha reconheça que "tinha toda a lógica" que assim fosse.

Recorde-se que o ministro Augusto Santos Silva, em reação à polémica, adiantou que vem aí novo código de conduta, agora pensado para os governantes. Da parte do sindicato esta decisão é bem-vinda, já que “todos os governantes lidam com situações melindrosas”.

Além do mais, acrescenta Paulo Ralha, estes cuidados "devem ser alargados" a todos os detentores de cargos políticos. Com o sindicato a defender que o regime de incompatibilidade aplicado a funcionários do Fisco deve ser também aplicado a quem tem responsabilidades de governo.

Paulo Ralha alerta em particular para os casos de deputados, a quem não se aplica o tal regime de incompatibilidades, mas também alerta para a importância de um “período de nojo alargado” para governantes, evitando-se assim casos de contratações após terminado o período de serviço público.

Sobre Rocha Andrade, Paulo Ralha considera que este caso “não é suscetível de colocar em causa a idoneidade” do secretário de Estado. Mas há questões éticas que são aqui levantadas, realça, com o sindicato a salientar ainda que a oferta não deveria ter sido aceite.

Questionado sobre se este caso em particular deveria implicar a demissão do governante, o sindicato salienta que não se vai intrometer “no campo político”. Qualquer decisão nesse sentido pertencerá ao próprio governante e ao Executivo de António Costa.

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