Contratos sem fidelização? DECO avisa que "liberdade sai cara"

Realizado um estudo, a DECO conclui que além dos contratos sem fidelização serem “demasiados caros” também “os custos de instalação” são inflacionados.

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Inês Esparteiro Araújo
26/09/2016 07:57 ‧ 26/09/2016 por Inês Esparteiro Araújo

Economia

Telecomunicações

 

Quase um mês após a mudança nas regras dos contratos no setor das telecomunicações, em que pela primeira vez o consumidor passou a ter a possibilidade de ter um contrato sem fidelização, a DECO constata que essa “liberdade” sai mesmo “cara”.

Quer isto dizer que além dos “contratos sem fidelização” serem “demasiado caros”, os custos de instalação são igualmente “inflacionados” na nova Lei das Comunicações Eletrónicas.

“Verificámos que os contratos sem fidelização custam o dobro face à opção que impõe 24 meses, os custos de instalação aumentaram na maioria das operadoras – de um máximo de 300 euros para um máximo de 400 euros, na Vodafone – e as vantagens para os clientes parecem estar a ser sobrevalorizadas”, explica a DECO num comunicado enviado às redações.

Com a introdução desta possibilidade de contrato, a associação faz notar que o destaque nas lojas é dado “às ofertas com fidelização de 24 meses” e que os custos destes tarifários sem fidelização são “pouco ou nada atrativos”.

Ao fim de dois anos, um contrato com fidelização de 24 meses para um serviço 3P com 100 mbps de velocidade de net custa menos de 990 euros, enquanto que um contrato sem fidelização chega a custar mais de 1.920 euros (na MEO). Num serviço 4P, um contrato de 24 meses para um serviço base com um cartão de telemóvel custa menos de 1.280 euros, enquanto que um contrato sem fidelização chega a custar mais de 2.320 euros”, também no caso da mesma operadora, referem.

Além da opção por este tipo de contrato ser pouco ao nada atraente para os clientes, também a instalação ou a rescisão não pautam pelas melhores soluções.Cobrar ao consumidor custos de instalação que chegam aos 410 euros, em conjunto com mensalidades entre 20 a 35% mais elevadas comparativamente com as opções com fidelização de 24 meses, não é garantir liberdade de escolha"

Feita a análise, a DECO garante que vão denunciar o problema tanto às entidades reguladoras como aos grupos parlamentares. Contudo, não deixam de notar que houve uma operadora que conseguiu dar uma resposta positiva aos seus clientes, a Nowo.

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