Miguel Sousa Tavares esteve no seu habitual espaço de comentário da antena da SIC, mais precisamente no ‘Jornal da Noite’, e analisou os dados da Execução Orçamental até agosto, diferenciando a posição do Governo e dos observadores.
“Não é fácil ver, no meio desta floresta de dados e de previsões cruzadas entre o Governo - sempre na sua posição otimista - e por outro lado a UTAO, o FMI e a Comissão Europeia - todos dizendo que vão ser novas medidas excecionais para que o Governo cumpra o défice que prometeu”, começou por dizer.
Nesta senda, Sousa Tavares salvaguardou que só no final do ano haverá uma “resposta”, contudo, ironizou com o facto de “não deixar de ser perplexizante que o Governo esteja tão otimista enquanto os observadores estão todos eles pessimistas”.
“Há dados bons, por exemplo que a despesa tenha baixado por via da baixa do subsídio desemprego, porque há menos gente desempregada, agora a subida da despesa foi 1% e da receita foi 1.3%, claramente aquém do que o Governo tinha projetado, isso significa que a economia não está a crescer”, frisou.