Canadá avança com projeto de gás natural criticado por ambientalistas
O Governo do Canadá anunciou que deu luz verde a um complexo industrial para a liquefação de gás natural na costa do Pacífico, com vista à exportação para os mercados asiáticos, um investimento de 24 milhões de euros.
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Economia Pacífico
A aprovação do projeto, ao qual se opõem grupos indígenas e organizações ambientalistas, está sujeita a 190 condições legais, incluindo a imposição de um limite às emissões de gases com efeitos de estufa, explicou o Governo na terça-feira.
O anúncio da aprovação condicional foi realizado pelos ministros do Ambiente, Cahterine McKenna, Recursos Naturais, Jim Carr, e Pesca, Dominic LeBlanc, na província da Colômbia Britânica, onde vai ficar situado o complexo industrial.
"Como o primeiro-ministro sublinhou, [este projeto] é fundamental para enviar os recursos para os mercados no século XXI e fazê-lo de forma duradoura e responsável", disse Catherine McKenna, ao falar de "um dos projetos mais importantes para os recursos naturais do Canadá".
O projeto Pacific Northwest contempla a construção na ilha de Lelu, perto de Prince Rupert (1.200 quilómetros a norte de Vancouver), de dois terminais de liquefação de gás, com capacidade para seis milhões de toneladas cada.
Estimado em 36 milhões de dólares canadianos (24 milhões de euros), o complexo industrial permitirá ao Canadá exportar parte das suas massivas reservas de gás para a Ásia.
Está prevista a exportação de 19 milhões de toneladas de gás natural liquefeito por ano.
As instalações serão, no entanto, uma das maiores fontes de gases com efeito de estufa, ao emitirem mais de cinco milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano.
O complexo ficará situado frente à costa canadiana, uma zona privilegiada para o habitat do salmão e próxima de uma reserva natural.
O principal investidor do projeto é a Petronas, a companhia petrolífera da Malásia, sendo também participado pela Sinopec (China), Japex (Japão), Indian Oil Corporation (Índia) e PetroleumBrunei (Brunei).
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