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Balanço do Web Summit "é extraordinariamente positivo"

O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho, fez hoje um balanço "extraordinariamente positivo" da Web Summit que decorre em Lisboa até à próxima quinta-feira.

Balanço do Web Summit  "é extraordinariamente positivo"
Notícias ao Minuto

17:13 - 08/11/16 por Lusa

Economia Miguel Frasquilho

"O balanço é extraordinariamente positivo", afirmou à Lusa Miguel Frasquilho, à margem da sua intervenção num dos painéis da maior cimeira de tecnologia e empreendedorismo da Europa.

"Portugal está no centro do mundo e isso não é mensurável", disse, salientando que além do "impacto [do evento que arrancou na segunda-feira]", que "pode ser à volta dos 200 milhões de euros (impacto direto dos mais de 50.000 participantes)", existe ainda "tudo o que fica", ou seja, "os contactos, as intenções de investimento, o financiamento que vai ser levantado pelas 'startups' portuguesas e estrangeiras ou a criação de emprego que daqui pode resultar".

Tudo isto, explicou o presidente da AICEP, vai resultar num "Portugal antes da Web Summit e um Portugal depois", um "processo que se iniciou agora", uma vez que a cimeira tecnológica irá realizar-se mais dois anos em Lisboa, com possibilidade de outros dois.

A AICEP esteve desde o início nas negociações para trazer o evento de Dublin para Portugal.

Segundo Miguel Frasquilho, Lisboa demonstrou que "tem condições para receber" o evento, o "'wifi' [acesso à Internet sem fios] ainda não falhou, apesar daquele episódio" na segunda-feira [que a Web Summit explicou ter-se tratado de um problema técnico] e "até o tempo de São Martinho ajudou".

Na sua intervenção na conferência, Miguel Frasquilho disse que as 'startups' portuguesas iniciam os seus projetos em inglês.

Instado a explicar esta observação, o presidente da AICEP disse que "a ambição de qualquer 'startup' hoje em dia em Portugal é ser global e a língua franca dos negócios é o inglês e isso é ajudado pela dimensão do mercado" português.

O mercado interno é limitado, com 10,5 milhões de consumidores, o que é uma vantagem porque as 'startups' avançam já com a intenção de serem globais, prosseguiu.

"Pensam globalmente porque o mercado interno a isso ajuda, se for à Alemanha, França, Itália ou Espanha, com mercados internos enormes, há uma tentação dos empreendedores começarem o projeto na sua língua mãe, o que pode trazer dificuldades quando pretendem tornar-se globais, no nosso caso isso não acontece", apontou Frasquilho.

Para o presidente da AICEP, as 'startups' portuguesas "comparam excelentemente" com as de outros países europeus.

"Portugal está a dar cartas neste sentido", concluiu.

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