"Acordos são positivos, mas sem ultrapassar o que a economia permite"
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) espera do Governo medidas que compensem os aumentos previstos no salário mínimo nacional.
© Global Imagens
Economia João Vieira Lopes
O presidente da CCP, João Vieira Lopes, considera que “é positivo” que haja acordos em sede de concertação social, mas entende que estes não podem “ultrapassar o que a economia permite no seu funcionamento normal”.
“Com os atuais níveis de crescimento económico, assinar acordos que levem a aumento [do salário mínimo] de 5% ao ano durante quatro anos não é realista. Se o Governo pretende revisões laborais, aumentos salariais ou outras medidas para além daquilo que a economia permite, compete-lhe fazer as propostas de contra-peso”, explicou João Vieira Lopes aos jornalistas à saída de um encontro com o Presidente da República.
Recorde-se que Marcelo Rebelo de Sousa esteve esta segunda-feira numa ronda de reuniões com os parceiros sociais. O aumento do salário mínimo nacional é um dos aspetos em discussão.
Em todo o caso, o presidente da CCP diz-se “aberto” a receber propostas por parte do Governo, a quem compete, a seu ver, “ apresentar as medidas que permitam às empresas enfrentar essa realidade”.
“É positivo que as pessoas ganhem mais. Não nos opomos a analisar” essa possibilidade, afirmou, frisando a necessidade de adotar “outras medidas na área fiscal e económica” para além daquelas que estão contempladas no Orçamento do Estado para 2017.
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