O Executivo de António Costa já decidiu e já pôs a ‘máquina’ a mexer. A partir do próximo ano, sem uma data definida, o carregamento dos carros elétricos passará a ser pago, o que não acontece atualmente, tal como avança o Jornal de Notícias na sua edição impressa desta segunda-feira.
Embora veja esta decisão como um “ligeiro desincentivo” à compra de carros movidos a eletricidade, a ZERO não acredita que tal terá consequências negativas quando um cidadão ponderar comprar um carro elétrico.
“A diferença entre usar eletricidade e usar um carro a gasolina ou gasóleo continuará a ser compensatória, mesmo com o fim da gratuitidade dos carregamentos”, disse ao Notícias ao Minuto o presidente da associação ambientalista.
Francisco Ferreira disse aliás que, atualmente, já há pessoas a pagarem os carregamentos do seu próprio bolso e a culpa é da rede de postos públicos que é “insuficiente e limitada”.
“Há pessoas que preferem carregar o carro em casa durante a noite e, por isso, pagam a eletricidade do próprio bolso. Muitas das pessoas não arriscam levar o carro até um determinado local e depois correrem o risco de não o conseguirem carregar ou porque o posto não funciona ou porque estão outros a carregar as respetivas viaturas”, explicou o responsável.
Já o PAN tem uma posição diferente quanto a esta decisão do Executivo socialista. Ao Notícias ao Minuto, o partido refere que “até termos uma massificação de veículos elétricos, a cobrança do abastecimento elétrico em pontos públicos é uma decisão prematura”.
“Esta taxação é prematura especialmente quando o Estado começa a renovar a frota pública de veículos num sinal de compromisso para uma real transição para uma economia de baixo carbono e metano. Esta transição deve ser alvo de uma análise mais estrutural e inserida no plano de descarbonização da economia que ainda não foi apresentada pelo Governo”, refere ainda o partido numa nota enviada à redação do Notícias ao Minuto.