Carregar carros elétricos deixará de ser grátis. "Mas já se paga"

A partir do próximo ano, o carregamento de carros elétricos em postos públicos deixará de ser gratuito. A decisão do Governo não choca a ZERO, Associação Sistema Terrestre Sustentável, mas desagrada ao PAN – Pessoas, Animais, Natureza.

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Patrícia Martins Carvalho
28/11/2016 14:41 ‧ 28/11/2016 por Patrícia Martins Carvalho

Auto

Ambiente

O Executivo de António Costa já decidiu e já pôs a ‘máquina’ a mexer. A partir do próximo ano, sem uma data definida, o carregamento dos carros elétricos passará a ser pago, o que não acontece atualmente, tal como avança o Jornal de Notícias na sua edição impressa desta segunda-feira.

Embora veja esta decisão como um “ligeiro desincentivo” à compra de carros movidos a eletricidade, a ZERO não acredita que tal terá consequências negativas quando um cidadão ponderar comprar um carro elétrico.

“A diferença entre usar eletricidade e usar um carro a gasolina ou gasóleo continuará a ser compensatória, mesmo com o fim da gratuitidade dos carregamentos”, disse ao Notícias ao Minuto o presidente da associação ambientalista.

Francisco Ferreira disse aliás que, atualmente, já há pessoas a pagarem os carregamentos do seu próprio bolso e a culpa é da rede de postos públicos que é “insuficiente e limitada”.

“Há pessoas que preferem carregar o carro em casa durante a noite e, por isso, pagam a eletricidade do próprio bolso. Muitas das pessoas não arriscam levar o carro até um determinado local e depois correrem o risco de não o conseguirem carregar ou porque o posto não funciona ou porque estão outros a carregar as respetivas viaturas”, explicou o responsável.

Já o PAN tem uma posição diferente quanto a esta decisão do Executivo socialista. Ao Notícias ao Minuto, o partido refere que “até termos uma massificação de veículos elétricos, a cobrança do abastecimento elétrico em pontos públicos é uma decisão prematura”.

“Esta taxação é prematura especialmente quando o Estado começa a renovar a frota pública de veículos num sinal de compromisso para uma real transição para uma economia de baixo carbono e metano. Esta transição deve ser alvo de uma análise mais estrutural e inserida no plano de descarbonização da economia que ainda não foi apresentada pelo Governo”, refere ainda o partido numa nota enviada à redação do Notícias ao Minuto.

 

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