Silva Lopes diz que “não vai tirar o seu dinheiro de parte nenhuma, embora admita não saber como estará a situação de Portugal e dos bancos portugueses daqui a três ou quatro anos”. Em declarações à Rádio Renascença, o ex-governador do Banco de Portugal afirma, no entanto, que “o dinheiro dos portugueses está a salvo, mediante as indicações que temos por agora”.
Para o antigo governador, “em teoria”, os resgates bancários semelhantes aos do Chipre, podem ser possíveis em Portugal, “embora não num tempo próximo”. A propósito dessa hipótese, denunciada pelo eurodeputado Nuno Melo, que pediu explicações à Comissão Europeia sobre a matéria, Silva Lopes assegura que “em Portugal não há, por agora, bancos em risco e onde isso seja uma ameaça”.
À Rádio Renascença, o antigo governador do Banco de Portugal reconheceu também que a solução da Comissão Europeia, segundo a qual os depósitos dos bancos em dificuldades acima de 100 mil euros possam vir a ser reduzidos ou convertidos em acções, “é uma solução que pode vir a vingar”.