Os portugueses já estão habituados à crise constante ou pelo menos cíclica, mas como todos sabemos, a falta de recursos e as dificuldades financeiras só se fazem sentir nos bolsos de algumas pessoas.
A lista desta ano do Bloomberg Billionaires Index é mais um exemplo gritante do fosso crescente entre os mais ricos do mundo e a restante sociedade: enquanto países como Porto Rico, Venezuela, Nigéria e Grécia passavam por grandes dificuldades, com fome e miséria à mistura, os multimilionários mais ricos viram as fortunas aumentar em 201 mil milhões de euros.
Os ganhos em 2016 traduzem um aumento de 5,7% na riqueza combinada dos investidores analisados pela Bloomberg, com um nome a surgir em particular destaque.
Warren Buffett, patrão da Berkshire Hathaway e guru da bolsa, conseguiu recuperar o lugar de segundo homem mais rico do mundo graças à aposta acertada na vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas e viu a conta bancária aumentar quase 20% para perto de 70 mil milhões de euros.
Em sentido contrário seguiram Amancio Ortega e Carlos Slim, empresários latinos prejudicados pela aposta anti-México e mercados da América do Sul do futuro presidente dos Estados Unidos da América.
A volatilidade das grandes fortunas foi enorme num ano de altos e baixos, mas os bons desempenhos de Buffett, Bill Gates, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg acabaram por influenciar positivamente os dados globais dos mais ricos do mundo.