Petróleo: O porto seguro de quem quer passar ao lado da política
O mercado do petróleo pode ser um porto seguro para os investidores preocupados com Donald Trump na Casa Branca e com o aumento dos populismos na Europa, defendeu o vice-presidente da consultora Wood Mackenzie.
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"Se os países da OPEP aderirem totalmente ao acordo nos primeiros seis meses, o mercado deve ficar relativamente protegido do risco político porque esse isolamento está disponível", disse Alan Gelder em declarações à agência de informação financeira Bloomberg.
O analista ressalvou, no entanto, que com exceção de perturbações significativas na produção da Arábia Saudita, o maior produtor mundial com cerca de 10 milhões de barris por dia, "tudo o resto pode ser acomodado".
O acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros países para limitar a produção no próximo ano, assinado a 30 de novembro de 2016, diminui a oferta em 1,2 milhões de barris por dia, o que equivale a 4% da produção de novembro, e deverá contribuir para um aumento dos preços.
Desde a véspera da assinatura do acordo, o preço do petróleo nos mercados internacionais subiu 22%, e o 'ouro negro' deverá ser negociado a uma média de 58 dólares no primeiro trimestre do ano, segundo a média dos 40 analistas seguidos pela Bloomberg.
Desde que o preço médio caiu 48% em 2014, essencialmente a partir do verão desse ano, o preço do petróleo tem estado a recuperar, caindo apenas 35% em 2015 face à média do ano anterior.
Os analistas citados pela agência de informação financeira convergem na ideia de que o mercado não está insuflado do exterior, mas a quantidade de reservas a nível mundial sugere que seria necessário um evento muito significativo para agitar o mercado de crude, que não é previsto.
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