Novo Banco: "Não somos capazes de uma intervenção de que resulte lucro?"
“Vão fazer com o Novo Banco o que se fez com o Banif: pagar para alguém ficar com ele”, lamenta José Miguel Júdice.
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Economia José Miguel Júdice
José Miguel Júdice usou o exemplo do Lloyds Bank, no Reino Unido, para explicar aquela que considera ser uma má gestão do dossier do Novo Banco pelo Governo português.
No entender do advogado, é de recordar o caso do banco britânico, no qual “o Estado inglês teve de meter 20 mil milhões de libras, mais ou menos cinco vezes o que o Estado [português] meteu no Novo Banco”. Posto isto, “ao fim de oito anos, falta-lhe vender apenas 6,9% do capital e (…) o estado [inglês] vai ganhar mil milhões no seu investimento no Lloyds”.
“Porque é que não acontece isso com o Novo Banco? Porque é que nós não somos capazes de fazer uma intervenção da qual resulte, passados uns anos, um lucro [para o Estado] ou, pelo menos, não ter uma perda clamorosa como a que tivemos com o BPN, tivemos com o Banif e vamos ter com o Novo Banco?”, questiona o antigo bastonário da Ordem dos Advogados.
Em comentário na TVI24, José Miguel Júdice alerta, em relação ao banco que resultou da cisão do BES, que “sinais não são os melhores”. “Há uma entidade disposta a comprar por 750 milhões por 100% do capital, mas quer garantias superiores a mil milhões de euros”, explicou, convicto de que “vão fazer com o Novo Banco o que se fez com o Banif: pagar para alguém ficar com ele”.
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