Mediadores imobiliários esperam que Governo recupere vistos gold
O Governo tem que agilizar os processos de vistos 'gold' sob o risco do país ficar sem investimento, sobretudo chinês, alerta o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima.
© iStock
Economia APEMIP
"Espero que no espaço de um mês o Governo português tome uma decisão sobre esta questão, porque precisamos deste investimento como de pão para a boca até porque o investimento chinês atinge proporções mais elevadas", afirmou o dirigente da APEMIP.
O "Governo tem de exigir responsabilidades" sobre processos que não avançam, defendeu o dirigente em entrevista à agência Lusa, referindo que desde o "célebre escândalo, muita gente foge" por recear más interpretações.
O processo dos vistos 'gold', cujo julgamento, em que é arguido o ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo, arranca a 13 de fevereiro, depois de ter estado inicialmente marcado para 10 de janeiro.
Esta investigação está relacionada com a aquisição de vistos por cidadãos estrangeiros interessados em investir e residir em Portugal, estando em causa indícios de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência.
"Já não chegam só palavras, o Governo tem de agir", disse o líder da APEMIP, resumindo ser "essencial e imprescindível recuperar os investidores chineses".
Em entrevista à Lusa, Luís Lima recordou que em setembro chamou atenção para a questão da diminuição das autorizações de residência para a atividade de investimento (ARI) a cidadãos chineses e considerou que a situação "não foi mais terrível", porque foi atenuada por investimento brasileiro e francês.
"Os maiores investidores mundiais em imobiliário são chineses", notou Luís Lima, que admite deixar a China de fora das suas deslocações profissionais por achar que "pode não ter condições para vender o país".
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com