Contrariando todas as vozes críticas contra a Alemanha, tantas vezes acusada de defender e impor a austeridade na Europa, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, vêm agora esclarecer que os maus da fita não são eles (leia-se Alemanha) mas Bruxelas, nomeadamente a Comissão Europeia.
Num encontro informal com jornalistas em Berlim, Schäuble disse que os programas de ajustamento da troika aplicados a Portugal, Grécia e Irlanda são demasiado rígidos e com pouca flexibilidade. Ao mesmo tempo, o ministro alemão criticou o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, considerando que foi incompetente por não ter nomeado um comissário europeu para a Grécia.
Na mesma ocasião, e no mesmo sentido de Schäuble, a chanceler alemã advogou que o pacote de seis mil milhões de euros para a promoção do emprego jovem devia ter outro destino, o pagamento de reformas por forma a abrir vagas nos empregos existentes.