Mais de 2 mil trabalhadores saíram dos cinco principais bancos em 2016
Mais de 2.000 trabalhadores saíram em 2016 dos cinco principais bancos a operar em Portugal, quase o dobro dos cortes de postos de trabalho feitos em 2015, de acordo com as contas feitas pela Lusa.
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Economia Rescaldo
Depois de na passada sexta-feira a Caixa Geral de Depósitos ter divulgado os resultados de 2016, com prejuízos históricos de 1.859 milhões de euros, é possível fazer as contas ao número de postos de trabalho cortados o ano passado dos principais bancos, ainda que o Novo Banco ainda não tenha apresentado contas.
Contudo, os dados indicam que foi mesmo no Novo Banco que houve mais saídas de trabalhadores em 2016, uma vez que só até setembro do ano passado tinha reduzido o número de funcionários em 1.062.
Estes trabalhadores saíram da instituição que resultou da resolução do ex-Banco Espírito Santo (BES) através de reformas antecipadas, rescisões por mútuo acordo e despedimento coletivo (que envolveu quase 40 pessoas). A Lusa noticiou já este mês que a maior parte das pessoas abrangidas pelo despedimento puseram ações em tribunal pedindo a sua impugnação.
A seguir ao Novo Banco, o banco com maior redução de pessoal foi o BPI, com 392 rescisões com trabalhadores na operação em Portugal, seguindo-se a Caixa Geral de Depósitos com 297 saídas, o Santander Totta com menos 200 pessoas e o BCP com 126 saídas de trabalhadores.
No total, dos dados até agora conhecidos, em 2016, saíram 2.077 trabalhadores dos cinco principais bancos, que representam cerca de 80% do sistema financeiro português.
Este número é quase o dobro dos cortes de trabalhadores registados em 2015, quando saíram 1.133 funcionários no conjunto de CGD, BCP, Novo Banco, BPI e Santander Totta.
Então, o maior corte foi na CGD (448 trabalhadores), seguindo-se BCP (336), Novo Banco (261), BPI (63) e Santander Totta (25).
Quanto a agências, em 2016, foram fechadas mais de 200 dos cinco principais bancos.
O BCP fechou 53 balcões, o BPI e o Novo Banco 52 cada um (neste último as contas foram feitas face ao estimado pelo banco) e a CGD fechou 47 agências em 2016. Já o Santander Totta fundiu cerca de 80 unidades da rede comercial.
Nos últimos anos, os bancos têm vindo a "emagrecer" consideravelmente as suas estruturas, com cortes de trabalhadores e agências, com o objetivo de reduzir custos e melhorar resultados que estão muito pressionados. Este processo vai continuar nos próximos anos.
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