Fernando Pinto admite continuar a liderar TAP no novo figurino acionista
O presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, admitiu hoje que gostava de continuar na liderança da companhia quando se consumarem as alterações no quadro acionista promovidas pelo Governo, em que o Estado fica com 50% do capital.
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"Agora é o aniversário da TAP e não é a altura para falar nisso", lançou Fernando Pinto depois de questionado se estava disponível para se manter no comando da companhia aérea, à margem do evento que marcou os 72 anos da TAP, no hangar 6 do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
Face à insistência dos jornalistas, Fernando Pinto admitiu que está "muito satisfeito com a empresa" e "muito realizado" a nível profissional, sublinhando que, quando assim é, "qualquer CEO [presidente executivo] deve querer ficar".
Confrontado com a escolha de Miguel Frasquilho para presidir ao Conselho de Administração da TAP, Fernando Pinto disse que a mesma "ainda não está oficializada", mas garantiu que o responsável é "muito respeitado" pela atual equipa de gestão.
Quanto ao impacto da privatização na atividade da transportadora, Fernando Pinto realçou que "a TAP ganhou uma dinâmica muito importante", apontando para a recapitalização, para as melhorias promovidas na atual frota e para os novos aviões que a empresa vai receber.
"Estamos a entrar em mercados diferentes e nos últimos três a quatro meses crescemos a uma taxa de 30% face ao ano passado. A empresa está muito ágil", vincou, depois de já ter apontado para os quase 12 milhões de passageiros transportados em 2016 e para os 273 mil lugares adicionais que a companhia - que já opera em 90 destinos de 34 países - vai disponibilizar a partir do verão.
De resto, Fernando Pinto reconheceu que a capacidade quase esgotada do Aeroporto Humberto Delgado "é uma preocupação", garantindo a disponibilidade da TAP para "participar ativamente" com a ANA Aeroportos em soluções que aumentem a capacidade de oferta da capital portuguesa.
Em fevereiro de 2016, o Governo de António Costa reforçou a posição do Estado de 39% para 50%, configuração que terá ainda que receber aprovação do supervisor do setor da aviação.
O consórcio privado fica com 45% do capital do grupo que tem como principal ativo a transportadora aérea, mas pode chegar aos 50%, em função da adesão dos trabalhadores da TAP à operação de venda de 5% que lhes está destinada.
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