ISEG estima que economia possa crescer até 2,1% no conjunto de 2017
O Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) estima que a economia portuguesa cresça entre 1,7% e 2,1% este ano, um intervalo que fica acima da última previsão do Governo, de 1,5%.
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Economia Síntese
Na síntese de conjuntura de março, o grupo de análise económica do ISEG afirma que esta previsão tem por base um crescimento de 2,0% no consumo privado ("um pouco mais moderado do que no ano anterior"), um crescimento de 0,8% no consumo público ("igual ao dos anos anteriores") e de 4,5% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), "sustentado nos indicadores da construção".
Além disso, a estimativa de crescimento dos economistas do ISEG tem por base também uma subida de 5,5% das exportações ("superior à do ano anterior, mas abaixo do registado no segundo semestre") e um crescimento entre 5,5% e 6,5% das importações.
Para o primeiro trimestre deste ano, o grupo de análise económica admite que "é provável que o PIB esteja a crescer, em termos homólogos, a um ritmo semelhante ao do último trimestre de 2016", ou seja, em torno dos 2%.
Em fevereiro, o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que a economia portuguesa cresceu 1,4% no conjunto de 2016 e que, no quarto trimestre, o PIB cresceu 2% em termos homólogos e 0,6% face ao trimestre anterior.
Este crescimento, que surpreendeu a grande parte dos analistas, e terá um efeito de 'carry-over', ou arrastamento, no crescimento deste ano.
Foi nesse sentido que a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estimou, já este mês, que a projeção para o crescimento da economia portuguesa este possa ser revista em alta em 0,4 pontos percentuais, para 1,9%, face aos 1,5% previstos no Orçamento do Estado de 2017 (OE2017).
"Sempre que o crescimento do último trimestre é superior à média dos últimos quatro trimestres existe um efeito de 'carry-over' positivo, ou 'overhang' estatístico", explicaram os técnicos que apoiam os deputados no parlamento.
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