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São Tomé e Príncipe não podia "perder o comboio" da China

O Presidente são-tomense considerou hoje que São Tomé e Príncipe não podia "perder o comboio" da China, justificando o reatar de relações diplomáticas com o país asiático, que já resultou na assinatura de um acordo de cooperação para cinco anos.

São Tomé e Príncipe não podia "perder o comboio" da China
Notícias ao Minuto

06:00 - 13/05/17 por Lusa

Economia Evaristo Carvalho

"Não podíamos perder este comboio, consideramos que foi uma política acertada, tanto mais que eu, na qualidade de Presidente da República tenho recebido vários embaixadores que nos têm felicitado por essa tomada de posição", disse Evaristo Carvalho, em entrevista à agência Lusa, em Lisboa.

Questionado sobre se esta decisão, anunciada pelo Governo são-tomense a 20 de dezembro do ano passado, foi apenas motivada por interesses económicos, o chefe de Estado reiterou apenas que foi "acertada, ponderada".

"A China é hoje no mundo um dos países que mais tem proporcionado apoio para o desenvolvimento, principalmente ao continente africano", disse.

Sobre a participação no Fórum Macau, a plataforma que gere as relações entre a China e os países lusófonos que São Tomé e Príncipe passou a integrar, Evaristo Carvalho referiu que "é uma grande vantagem", nomeadamente a nível "económico e pela possibilidade de investimentos para ajudar a catapultar" a economia são-tomense.

A China disponibilizou mil milhões de dólares (915 mil milhões de euros) para financiar projetos nos países lusófonos, através do Fórum Macau.

Desde 2000, Pequim concedeu quase 100 mil milhões de dólares (96 mil milhões de euros) em assistência financeira aos países africanos, tornando-se o principal parceiro comercial de África.

O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, assinou a 12 de abril um acordo de cooperação com o seu homólogo chinês, Li Keqiang, para os próximos cinco anos, na sua primeira visita à China após o reatar das relações diplomáticas que haviam sido suspensas em 1997.

Questionado sobre se o aumento da dívida pública são-tomense pode colocar em causa o cumprimento das promessas eleitorais do Governo da Ação Democrática Independente (ADI), partido que o apoiou nas presidênciais, Evaristo Carvalho escudou-se na avaliação das instituições financeiras internacionais.

"Nós temos o acordo com o FMI e com o Banco Mundial e a apreciação da nossa governação macroeconómica em 2016 até foi boa e em 2017 continuamos a respeitar e estamos convencidos que vamos respeitar os níveis definidos pelas instâncias financeiras internacionais", disse.

Sobre o desemprego jovem, uma das prioridades definidas pelo Governo, Evaristo Carvalho referiu que o acordo assinado com a China é uma esperança para resolver o problema.

"Há muita expetativa de que vamos criar muitos postos de emprego, que vão resolver grandemente essa situação. Temos em vista o lançamento do projeto de melhoria do aeroporto e da construção do porto de águas profundas, que certamente irão criar muitos postos de emprego e que poderão absorver muitos jovens", referiu o Presidente.

Em relação ao papel de árbitro sobre a ação do Governo, Evaristo Carvalho respondeu que pretende "contribuir para a estabilidade governativa" e para "uma transição geracional tranquila".

"Sempre disse que com a experiência administrativa que tenho, fui sempre um homem do Estado, da administração do meu país, todas as iniciativas que eu reconheça que facilitam o desenvolvimento eu aceito, seja com este Governo ou com qualquer outro", acrescentou.

Questionado sobre as vantagens para Portugal na cooperação com São Tomé e Príncipe, o chefe de Estado identificou as áreas do turismo e dos serviços.

Evaristo Carvalho iniciou na segunda-feira uma visita de uma semana a Portugal.

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