Greve na segurança dos aeroportos com adesão de "60% a nível nacional"
A adesão à greve dos funcionários de empresas de segurança privada nos aeroportos "foi de 60% a nível nacional", informou hoje Armando Costa, do Sitava, acrescentando haver uma "agenda acordada com os trabalhadores" para mais ações de luta.
© Reuters
Economia SITAVA
No último de cinco dias de paralisação, que incluiu uma concentração de trabalhadores, o dirigente sindical informou sobre a "agenda marcada e acordada com os trabalhadores, mas que não será revelada hoje" para novas ações de luta.
A mesma fonte indicou que novas ações podem realizar-se caso as empresas "não discutam de forma séria" e não "aceitem que a exploração que estão a impor não é aceitável", ao deixarem os trabalhadores "sem aumentos salariais, sem vida social e familiar e um contrato coletivo específico das suas funções".
Armando Costa comentou o "grande sucesso" desta greve, com a "adesão de 60% a nível nacional", mas sem impacto no funcionamento dos aeroportos, graças aos avisos para os passageiros chegarem mais cedo e despacharem as suas bagagens.
O sindicalista voltou a referir "ameaças e pressões" das empresas que fizeram alguns trabalhadores não aderirem à greve, além da substituição de funcionários, o que já foi recusado pelos empregadores.
Na terça-feira, a Associação de Empresas Privadas (AES) garantiu que nenhum trabalhador dos aeroportos foi objeto de processo disciplinar por ter aderido à greve que se realizou em abril, informando haver procedimentos por "incumprimento, por parte de alguns trabalhadores, dos procedimentos inerentes aos serviços mínimos a que estavam obrigados".
A AES também referiu que todos os profissionais de segurança em serviço nos aeroportos nacionais têm formação específica e são certificados pelas autoridades competentes, sendo que, só os que se encontram nestas condições, desempenham funções, no quadro da atividade aeroportuária.
No início da semana, o Sitava anunciou a intenção de apresentar queixas à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), PSP e Provedor de Justiça contra procedimentos das empresas de segurança privada sobre os trabalhadores dos aeroportos.
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