"Grande salto deve-se aos fundos europeus, mas o Bloco não abre a boca"
Os partidos que apoiam o Governo socialista não escaparam às críticas da antiga ministra das Finanças.
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Economia Comentário
Manuela Ferreira Leite considera-se satisfeita com a evolução económica de Portugal, tendo por base os últimos números revelados pelo Instituto Nacional de Estatística, mas lamenta que haja um pormenor que está a passar despercebido e que não está a ser falado.
Trata-se, referiu no seu comentário semanal na antena da TVI24, dos fundos comunitários – o Programa 2020 – que considera serem a “origem do grande salto” da evolução económica portuguesa.
“Está a entrar muito dinheiro [vindo da Europa]. Tenho até poucas dúvidas de que é esse o elemento que nos fez dar este salto que ninguém estava à espera e lamento que não haja a seriedade suficiente em termos políticos [para assumir esse facto]”, atira, para de seguida referir-se diretamente aos partidos que suportam o Governo no Parlamento.
“O Bloco de Esquerda não abre a boca sobre este ponto e o PCP também não. Porquê? Porque, sendo eles profundamente defensores da uma saída da União Europeia e considerando que a nossa estadia só nos prejudica, [não podem dizer] que o país está uma linha de crescimento devido aos fundos europeus”, explica.
E nesta senda, a ex-ministra das Finanças é perentória: “Eu pergunto: se não houvesse estes fundos, a reversão nos rendimentos levava a este resultado?”.
Face ao momento de crescimento económico que o país atravessa, Ferreira Leite considera ainda que “temos a obrigação de aproveitar esta onda de crescimento e evolução positiva da economia para tirar proveito para aquelas áreas muito carenciadas”, como é o caso, sublinha, da saúde onde o investimento público é diminuto.
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