Seul quer estudar impacto da revisão de acordo comercial com EUA
A Coreia do Sul aceitou hoje enviar um representante a Washington, para rever o tratado de comércio livre com os Estados Unidos, mas sublinhou a importância de uma análise prévia dos impactos económicos do acordo.
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Economia Impacto
Seul "enviará um representante de alto nível aos Estados Unidos" para tratar de prazos e agendas, indicou em comunicado o Ministério do Comércio sul-coreano.
De acordo com o tratado, o comité de revisão deve reunir-se no prazo máximo de um mês, depois de um pedido de uma das partes signatárias.
O Governo sul-coreano considerou que antes de se realizarem as "possíveis emendas e modificações" sugeridas por Washington seria conveniente reunir funcionários dos dois países para que "estudem, analisem e aconselhem" sobre os diferentes impactos económicos do tratado, em vigor desde 2012, referiu a nota.
Numa carta ao Governo sul-coreano, o representante do gabinete de comércio externo dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, solicitou a ativação de um mecanismo para que as duas partes se reúnam em Washington para "considerar (...) possíveis emendas e modificações" ao tratado.
Lighthizer apontou como principais problemas para Washington "o acesso ao mercado coreano para as exportações norte-americanas" e o "significativo desequilíbrio comercial".
No ano passado, o défice comercial dos Estados Unidos em relação à Coreia foi de 27.700 milhões de dólares, quase o dobro dos 16.600 de 2012.
O Ministério do Comércio sul-coreano recordou que a convocatória do comité "não implica que ambas as partes tenham começado a renegociar" o acordo, já que Washington fala, na carta, de "emendas e modificações" e não de renegociar o tratado.
"A mesa de renegociação abre-se quando os dois países acordarem fazê-lo", concluiu o comunicado sul-coreano.
A proposta de Washington está em linha com as políticas protecionistas do Presidente Donald Trump.
Desde que Trump chegou, em janeiro, à Casa Branca, já retirou os Estados Unidos do Acordo Transpacífico (TPP), com outras 11 nações, e anunciou a renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (TLCAN), com o Canadá e o México.
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