"É preciso persistência apesar do crescimento na zona euro"
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse hoje que a informação disponível confirma "o fortalecimento do crescimento económico" na zona euro, mas defendeu que ainda é preciso persistência.
© Reuters
Economia Draghi
"A inflação não está onde queremos que esteja e onde deveria estar e, por isso, o BCE reiterou a orientação da sua política monetária", disse Draghi em conferência de imprensa, depois de no início da semana ter sido anunciado que a taxa de inflação na zona euro abrandou em junho para 1,3%.
O Conselho de Governadores do BCE decidiu hoje manter a sua principal taxa de juro em 0%, um mínimo histórico, e afirmou que mantém as compras mensais de dívida pública e privada na zona euro em 60 mil milhões de euros, estando disponível para alargar as aquisições "se as perspetivas passarem a ser menos favoráveis".
O presidente do BCE disse que o Conselho de Governadores não quer que piorem as condições de financiamento e mantém a possibilidade de ampliar as compras de dívida caso o panorama fique pior.
"Precisamos de ser persistentes, pacientes e prudentes", disse Draghi.
O presidente do BCE explicou que houve unanimidade para manter a orientação da política monetária e remeteu a discussão sobre a redução dos estímulos para o outono.
Antes desta reunião, os analistas antecipavam que o BCE deveria esperar por setembro para anunciar quais são as suas intenções em relação ao programa de compra de ativos, que está em vigor até ao fim do ano, com um volume mensal de aquisições de 60 mil milhões de euros.
"As nossas medidas de política monetária têm continuado a assegurar condições de financiamento e de apoio necessário" para que a inflação na zone euro fique ligeiramente abaixo de 2% a médio prazo, segundo Draghi.
"A informação disponível confirma um fortalecimento continuado da expansão económica na zona euro, que abrange vários setores e regiões", acrescentou.
Antes da conferência de imprensa de Draghi, o BCE anunciou em comunicado que decidiu manter as taxas de juros nos níveis atuais, com a principal taxa de refinanciamento a permanecer em zero.
As taxas aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade de depósito ficam inalteradas em 0,25% e -0,40%, respetivamente.
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