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Indústria automóvel vai crescer em 2018 "ao ritmo atual"

A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) estima que o setor "crescerá em 2018 ao ritmo atual", ou seja a uma média de 6% ou 7% ao ano, disse o presidente Tomás Moreira, acrescentando que ter "confiança" na criação de empregos.

Indústria automóvel vai crescer em 2018 "ao ritmo atual"
Notícias ao Minuto

19:03 - 25/10/17 por Lusa

Economia AFIA

"O setor nos últimos cinco anos tem evoluído muito bem, tem crescido. As empresas têm investido e exportado cada vez mais. Também assistimos a novas empresas a instalar-se. E, de acordo com as informações que nos chegam do setor, para o próximo ano e ano seguinte as perspetivas são muito boas, de continuação do crescimento", disse o presidente da AFIA, Tomás Moreira.

De acordo com o responsável, "o setor tem crescido a uma média de 6% a 7% ao ano": "E pensamos que poderá continuar a crescer a esse ritmo e inclusivamente com criação de postos de trabalho. O setor está a recrutar. Há a garantia de que no próximo ano o setor vai continuar a contribuir para o aumento do emprego em Portugal", disse, em declarações à Lusa sobre diagnóstico sobre este setor de atividade.

Tomás Moreira considerou que "o país é competitivo em qualidade, preço e serviço", mas apontou que "as empresas enfrentam, em algumas especialidades, dificuldades de encontrarem no mercado os profissionais de que necessitam".

Nesse sentido e para ultrapassar essas dificuldades, o presidente da AFIA vincou que "a formação é uma obrigação do Estado mas também uma tarefa das associações empresariais, das empresas e das próprias pessoas".

"Temos de ajustar os desempregados no mercado. Portugal está com um nível de desemprego elevado mas por outro lado há carências. O esforço é de formar e preparar as pessoas que estão desempregadas para as tarefas que as empresas necessitam. Este é um esforço coletivo que deve ser de toda a sociedade: Estado, associações, empresas e das pessoas individualmente", disse Tomás Moreira.

O responsável da AFIA falava à agência Lusa no âmbito de um evento que reúne em Leça da Palmeira, no distrito do Porto, mais de seis dezenas de empresas, sendo o tema principal do encontro a temática dos Recursos Humanos.

Esta tarde foram apresentadas as conclusões de um questionário feito a 61 empresas do setor, tendo o diretor da AFIA, Adolfo Silva, apontado que "o emprego criado é tendencialmente estável por oposição à precariedade que se verifica em outros setores" e que "há uma tendência para emprego crescente a nível de quadros e funções técnicas".

A análise também revelou que cerca de 75% dos empregados na indústria automóvel tem escolaridade acima do 9.º ano e que a maioria das empresas tem parcerias com universidades e/ou centros de formação.

Segundo Adolfo Silva também fica patente no estudo que "há dificuldade na retenção de perfis técnicos qualificados" e que a "percentagem de pessoas que recebem o salário mínimo nacional singelo é diminuta porque acresce ao salário mínimo o subsídio de turno e/ou remuneração variável".

"As empresas estão despertas para os desafios que têm pela frente na liderança dos seus recursos humanos, ou seja, num quadro de mudança e globalização, estão cientes de que têm de motivar e fidelizar os seus colaboradores", concluiu o diretor da AFIA.

Dados apresentados hoje mostram também que há mais de 220 empresas ligadas a este setor atualmente em Portugal, as quais em 2016 faturaram nove mil milhões de euros, dos quais 7,6 mil milhões foram para exportação, o que corresponde a 85% em termos globais num setor que emprega mais de 47.000 pessoas.

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