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"Dívida acumulada de hoje terá que ser paga pelos nossos filhos e netos"

O presidente da Comissão Europeia acredita que Portugal irá conseguir reduzir “o seu fardo da dívida” pública da mesma forma que conseguiu baixar o défice, “a mais efetiva para enfrentar o problema”, que é através de crescimento e finanças públicas sustentáveis.

"Dívida acumulada de hoje terá que ser paga pelos nossos filhos e netos"
Notícias ao Minuto

11:25 - 28/10/17 por Lusa

Economia Juncker

Em entrevista à Lusa, o presidente do executivo comunitário escusou-se a comentar um cenário de renegociação da dívida pública portuguesa, alertando antes para a absoluta necessidade de combater um fenómeno que classifica como “antissocial”, mas através de “uma política orçamental prudente e responsável”.

“Demasiada dívida é antissocial, porque a dívida acumulada de hoje terá que ser paga pelos nossos filhos e netos. Demasiada dívida arruína as perspetivas da próxima geração de uma educação adequada, de um sistema de saúde fiável e de uma segurança social sólida”, advertiu.

Contudo, segundo Juncker, “a forma mais efetiva de enfrentar o problema da dívida é retomar o caminho de um crescimento e finanças públicas sustentáveis” e “é isso mesmo que Portugal está a fazer e esteve na base da recomendação para encerrar o Procedimento por Défice Excessivo” em maio passado.

“Estou convencido de que, à medida que a retoma continua a consolidar-se, e sendo mantido o compromisso com uma política orçamental prudente e responsável, Portugal fará mais progressos no alívio do seu fardo da dívida”, disse.

Jean-Claude Juncker sublinhou que “a promoção de finanças públicas sólidas é uma prioridade da Comissão Europeia”, razão pela qual, “juntamente com o investimento e as reformas estruturais, a responsabilidade orçamental orientou a agenda económica da Comissão” desde que se tornou presidente do executivo comunitário, em 2014.

“Esta política está a dar frutos. O défice público global na zona euro desceu de mais de 6% em 2009 para uma estimativa de 1,4% em 2017. Hoje, apenas três países continuam a ser objeto de Procedimentos por Défice Excessivo, em comparação com 24 no pico da crise financeira”, apontou.

Segundo Juncker, esta é a demonstração de “um progresso real, e Portugal fez a sua parte”, cabendo o mérito ao povo português.

“Em Portugal, os esforços enormes do povo português para ‘dar a volta’ à economia e fazer as finanças do país regressarem a uma posição mais estável e sustentável estão a dar resultados. É por isso que tivemos a possibilidade de recomendar o encerramento do PDE a Portugal. Esta foi uma conquista do povo português”, disse.

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