Insolvências mantêm-se três vezes mais elevadas do que em 2007

As insolvências em Portugal estão a diminuir com o crescimento económico mais rápido registado numa década, mas, ainda assim, mantêm-se cerca de três vezes mais elevadas do que em 2007, refere hoje um estudo da seguradora Crédito y Caución.

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© Getty Images

Lusa
23/11/2017 13:09 ‧ 23/11/2017 por Lusa

Economia

Estudo

"Apesar da diminuição, os níveis de insolvência em Portugal vão manter-se cerca de três vezes mais elevadas do que em 2007", aponta o relatório 'Economic Outlook' da Crédito y Caución, realçando que "o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em Portugal é o mais rápido que se viu numa década".

O mais recente estudo da seguradora espanhola, que opera em Portugal, refere também que a Irlanda, Espanha e a Holanda vão terminar 2017 como "as economias com maior crescimento da zona euro".

"O crescimento nestes países [da zona euro] está fortemente sustentado na procura interna, na recuperação do mercado imobiliário e na melhoria das condições financeiras", explica o relatório que analisa as perspetivas mundiais a cada seis meses.

O relatório refere também que o comércio mundial registou uma "ampla recuperação" em 2017 e prevê um crescimento de 5% no final deste ano.

Adianta que a forte aceleração das trocas internacionais de bens e serviços provocou a revisão das perspetivas de crescimento do PIB incluídas no relatório, "o que beneficiou, em especial, os países com economias mais abertas", orientadas para a exportação de manufaturas para a Europa Oriental e Ásia.

O relatório refere ainda que "a expansão sustentada do comércio internacional não persistirá em 2018", prevendo-se haja uma desaceleração do crescimento para 3,5% devido, nomeadamente, à mudança da economia chinesa, à incerteza sobre a renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte, ao 'Brexit' (saída do Reino Unido da União Europeia) e ao ajustamento da política monetária dos Estados Unidos

Estes fatores poderão, segundo a seguradora Crédito y Caución, aumentar o custo do financiamento dos mercados emergentes.

 

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