Tratou-se da segunda colocação de ações do Bankia por parte do Estado espanhol depois de uma primeira venda realizada em fevereiro de 2014, quando o Fundo de Reestruturação Ordenada da Banca (FROB) transacionou 7,5% do banco numa operação, na altura, de 1.360 milhões de euros.
Em finais de novembro, o ministro das Finanças espanhol, Luis de Guindos, já tinha avançado que o Governo espanhol pretendia privatizar o Bankia "tão depressa quanto possível", mas "sem perder de vista" o princípio de maximização do retorno das ajudas públicas recebidas pelo banco em 2012.
O executivo espanhol assumiu o controlo do Bankia, um dos maiores bancos do país, em maio de 2012, naquela que foi a oitava nacionalização de um banco em Espanha desde o início da crise financeira.
O Bankia foi uma das entidades mais afetadas pela grave crise do setor imobiliário espanhol, que implicou o encaixe bancário de mais de 180 mil milhões de euros em ativos tóxicos.
O banco recebeu mais de 22 mil milhões de euros em ajudas financeiras, sendo a instituição que beneficiou de mais apoios públicos no processo de reestruturação do setor financeiro iniciado em maio de 2009 que, no total, mobilizou 61 mil milhões de euros.