Banco de Moçambique diz que quer inflação a um dígito em 2018
O governador do Banco de Moçambique declarou hoje que o esforço da instituição para o próximo ano irá no sentido de o país alcançar uma inflação de um dígito, assinalando que este indicador atingiu 7,15% anuais em novembro.
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Economia Governador
"Para o ano que se avizinha, a política monetária será orientada para a manutenção de uma inflação baixa e controlada ao nível de um dígito", disse Rogério Zandamela, falando no discurso de encerramento do ano económico de 2017.
Destacando que, em novembro de 2016, a inflação anual atingiu 27%, Rogério Zandamela considerou fundamental que o país controle os preços, a bem da retoma da economia.
"Ao nível do setor financeiro, reforçaremos a vigilância macroprudencial, para monitorarmos os riscos potenciais que possam afetá-lo, bem assim microprudencial, para que todas as instituições observem as boas práticas internacionais", disse o governador do Banco de Moçambique.
No âmbito da estabilidade financeira, prosseguiu, serão introduzidas reformas regulatórias, visando mitigar o risco decorrente da crescente exposição das instituições financeiras moçambicanas às operações com o exterior.
Rogério Zandamela assinalou que até ao terceiro trimestre do ano em curso, a economia moçambicana cresceu apenas 3%, quando, nos oito anos anteriores a 2016, vinha crescendo à volta de 7%.
"Adicionalmente, apesar dos esforços empreendidos na coleta de impostos, as receitas do Estado continuam aquém do necessário para financiar as despesas, ressentindo-se da suspensão do apoio direto ao orçamento por parte dos doadores e parceiros de cooperação", destacou Rogério Zandamela.
Ao longo de 2017, as reservas internacionais líquidas de Moçambique cresceram substancialmente, elevando o saldo das reservas brutas para pouco mais de três mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros), capazes de cobrir sete meses de exportações face a menos de três meses de exportações em dezembro de 2016.
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