Portagens Lisboa-Porto vão registar maior aumento das autoestradas
As portagens na autoestrada Lisboa-Porto (A1), da rede Brisa, vão subir 45 cêntimos a partir de 1 de janeiro para a classe 1, sendo este o maior aumento registado na atualização feita pela empresa, que afeta 26% dos troços. Também a empresa Infraestruturas de Portugal vai aumentar, a partir de segunda-feira, os preços praticados nas portagens em 161 troços de autoestrada
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Em causa está o "novo tarifário de portagem" na rede de autoestradas da Brisa Concessão Rodoviária, informa a empresa em comunicado hoje divulgado, apontando que, no caso da A2, que liga ao Lisboa ao Algarve, e da A6, entre Marateca e Caia, o aumento é de 25 cêntimos.
O quarto maior aumento verifica-se na A3, que liga o Porto a Valença, de 20 cêntimos.
A nível urbano registam-se subidas de cinco cêntimos nas portagens entre a A9 e a CREL, no sublanço entre Alverca (A1/A9) e Vila Franca de Xira II, pertencente à A1, e na A4, que liga Porto a Amarante, ainda segundo os cálculos feitos pela Brisa para a classe 1.
De acordo com a empresa, "apenas 28 das 93 [26%] das taxas de portagem serão atualizadas para a classe 1", que abrange os motociclos e os veículos com altura inferior a 1,1 metros.
"É relevante salientar que, para a maioria dos principais percursos, o impacto das atualizações é mínimo", nota a Brisa.
O valor médio de atualização tarifária é de 1,47% e tem como referência a taxa de inflação homóloga no continente que, excluindo habitação, se fixou em 1,42% em outubro.
O método de atualização das portagens inclui um mecanismo de arredondamento das taxas para o múltiplo de cinco cêntimos mais próximo. Ou seja, se os aumentos forem inferiores a 2,5 cêntimos, a portagem manter-se-á inalterada. No entanto, se o aumento for superior a 2,5 cêntimos, há um arredondamento automático para cinco cêntimos.
A Brisa ressalva que tanto existem "casos de taxas de portagem que apresentam uma variação inferior à média ou mesmo nula", como situações em que "as taxas de portagem apresentam uma variação superior à média por não terem sido objeto de atualização em anos anteriores".
Em 2017, a atualização nas taxas de portagem das autoestradas nacionais tinha abrangido 26% dos troços das vias onde há cobrança aos utilizadores.
Na nota hoje enviada à imprensa, a Brisa dá ainda conta de que prevê investir cerca de 64 milhões de euros no próximo ano, uma subida de 10% em comparação com este ano e que se destina "à realização de obras para melhoria dos níveis de serviço prestado, ao nível da segurança e conforto de quem viaja nas autoestradas".
A empresa destaca empreitadas como o alargamento da A4, que liga Porto a Amarante, adicionando um troço entre Águas Santas (A3/A4) e Ermesinde, e a reparação dos pavimentos nos sublanços entre Leiria e Pombal (A1), Coimbra Norte (A1/A14) e Mealhada (A1) e Almada e Fogueteiro (A2).
Infraestruturas de Portugal aumenta 32% das portagens nas autoestradas
Também a empresa Infraestruturas de Portugal vai aumentar, a partir de segunda-feira, os preços praticados nas portagens em 161 troços de autoestrada, abrangendo o equivalente a 32% da rede, com acréscimos entre cinco a 10 cêntimos.
A empresa pública justifica, em comunicado hoje divulgado, que esta variação das tarifas para o próximo ano resulta da "evolução positiva do valor do Índice de Preços ao Consumidor sem Habitação", que se fixou em 1,42%, segundo dados divulgados em outubro passado.
"A variação é maioritariamente de cinco cêntimos e em apenas 12 tarifas esta variação atinge os 10 cêntimos", precisa a Infraestruturas de Portugal.
A revisão anual das taxas de portagem nas autoestradas entra em vigor a 01 de janeiro de 2018, de acordo com o respetivo contrato de concessão, que prevê a atualização com base na variação do índice de preços ao consumidor.
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