ADSE: "Não entendo porque se foi mexer num serviço que funcionava"
Relativamente ao subsistema dos funcionários públicos - a ADSE -, Manuela Ferreira Leite lamentou, no programa a 21ª hora, a má gestão de um organismo que considera "altamente sustentável e que até há pouco tempo funcionava bem".
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Economia Comentário
A comentadora política caracterizou a ADSE como "um subsistema de saúde solidário louvável e evoluído, com uma faceta social que sempre o diferenciou - porque quem ganhava mais descontava também mais, e os benefícios eram igual para todos".
Ferreira Leite continuou na sua exposição elogiando o subsistema que funciona "como um seguro de saúde" e "sem beneficiar de quaisquer apoios do Estado".
Para a comentadora, os problemas começaram a surgir quando foram implementadas, pelo Ministério das Finanças, as primeiras alterações. "Os descontos deixaram de ser obrigatórios e começaram a ser facultativos. Ora obviamente manifestou-se uma tendência para quem ganha mais deixar de fazer descontos e preferir fazer seguros privados... Não entendo porque se foi mexer numa fórmula e num serviço extremamente louvável que funcionava".
Ferreira Leite questionou a mudança que considera nunca ter sido devidamente explicada. "Em Portugal parece que temos uma tendência para estragar o que funciona bem e até ai sempre tinha funcionado bem".
"E essa foi só a primeira facada à ADSE" acusou a antiga ministra das Finanças. Manuela Ferreira Leite referiu ainda a medida tomada pelo Ministério da Saúde - que atualmente tem a alçada da ADSE - e que levou à redução da comparticipação nos atos médicos. "Deixou de por exemplo valer a pena para um cardiologista prestar esse serviço a nível remuneratório... Deve haver motivos para que estas decisões tenham sido tomadas, contudo até agora ninguém explicou porquê, em vez do silêncio total, gostaria que alguém se manifestasse!", afirmou.
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