Na última edição da sua 'newsletter' semanal "Illustrative Insights", a DBRS refere existirem "grandes variações" na estrutura de propriedade da habitação entre os vários países da zona euro, mas destaca que "a maioria registou um decréscimo nas taxas de casa própria, quer tenham sido adquiridas através de empréstimo bancário ou a pronto".
As únicas "três notáveis exceções" a esta tendência são Portugal, com uma subida de 0,6% em 2016 face a 2015, França (+1,2%) e Holanda (+1,8%).
Globalmente, a DBRS aponta uma tendência de crescimento "na maioria dos mercados imobiliários europeus", mas nota que "tal não se traduziu necessariamente num grande aumento das taxas de habitação própria": "A maioria das taxas de casa própria nos vários países europeus tem apresentado uma tendência negativa, mesmo que marginal", refere.
Na zona euro, a taxa de habitação própria situou-se nos 66,5% em 2016, o que representou um "aumento marginal" face a 2015.
Entre a população que detém casa, 27,9% adquiriu-a com recurso a empréstimo bancário ou a outro tipo de empréstimo, enquanto 38,6% a comprou a pronto. Entre os arrendatários, 23,1% arrendou a preços de mercado e 10,5% abaixo dos preços de mercado.
"Grosso modo, um terço adquiriu casa a pronto, um terço com recurso a empréstimo e outro terço são inquilinos", refere a agência de notação.
Na sua análise ao mercado imobiliário europeu, a DBRS destaca ainda os baixos níveis de aquisição de habitação com recurso a dívida em países como a Itália (15,9%), Chipre (20,4%) e Grécia (13,9%), "especialmente tendo em conta as altas taxas de casa própria nestes países, de 72,3%, 72,5% e 73,9%, respetivamente".
No outro extremo surgem os países nórdicos, onde o recurso a empréstimos para compra de habitação atinge os níveis mais altos. Na liderança surge a Holanda, com uma taxa de aquisição de casa, através de empréstimo de 61,0%, seguida da Suécia, com 54,8%, Dinamarca (47,7%) e Finlândia (42,0%).