Para Silva Lopes, a redução do IRC vai acabar por se traduzir numa transferência de fundos o que só favorecerá as grandes empresas.
O antigo governador do Banco de Portugal afirma-se “ferozmente contra” a proposta da comissão presidida por António Lobo Xavier.
“Esses 300 milhões de euros vão ter de se ir buscar a algum lado”, sublinha Silva Lopes, prevendo que o mais provável é que essa perda se traduza em cortes nos apoios sociais e salários no Estado.
Na opinião do antigo ministro, a situação é complicada e só se resolverá com mais dinheiro dos credores. “Precisamos do dinheiro da troika. Temos de ter um segundo”, defende, acrescentando que a essa renegociação tem de acontecer brevemente, já em Dezembro.