Exportações: aposta das empresas na internacionalização reconhecida
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) congratulou-se hoje com a "forte aceleração" das exportações em 2017, considerando que demonstra o "esforço significativo" das empresas na internacionalização e o "enorme reconhecimento" dos produtos nacionais no estrangeiro.
© Administração dos Portos de Sines e do Algarve, S.A.
Economia AEP
"A AEP congratula-se com a forte aceleração das exportações, que registaram um crescimento nominal de 10,1%, quando em 2016 tinha sido de apenas 0,8%, segundo os dados que o INE [Instituto Nacional de Estatística] divulgou hoje. É gratificante que no ano passado as exportações de bens tenham atingido, em termos de valor e de peso no PIB [Produto Interno Bruto], o máximo desde que há registo", refere a associação em comunicado.
Para o presidente da AEP, Paulo Nunes de Almeida, estes dados "demonstram o esforço significativo das empresas no seu processo de internacionalização e, simultaneamente, o enorme reconhecimento da qualidade dos seus produtos pelos mercados internacionais".
Neste âmbito, a associação destaca "o crescimento das vendas para fora da União Europeia em cerca de 15%, com principal enfoque nos EUA, Angola, Brasil e China, mercados em relação aos quais a AEP tem vindo a apoiar massivamente as empresas portuguesas".
Como "menos positivo" aponta o agravamento do défice da balança de bens em 23,4%, em resultado de um aumento das importações (12,5%) acima das exportações, "ainda que em parte associado à maior dinâmica da importação de bens de equipamento face às necessidades de investimento, conduzindo a um valor da taxa de cobertura já ligeiramente abaixo de 80%".
"Esta tendência crescente das importações, não só pelo reforço do investimento, mas também do consumo, tem sido atenuada pelos esforços de valorização da oferta nacional em que a AEP está empenhada, conjuntamente com outras entidades, no âmbito do programa 'Portugal Sou Eu', o qual regista já cerca de 8.000 produtos com selo atribuído e 640 estabelecimentos aderentes de comércio e serviços", sustenta.
Relativamente ao comportamento do comércio internacional de serviços, cujos números finais de 2017 falta ainda conhecer, a associação diz ser "de esperar a continuação de um saldo positivo na balança de bens e serviços, bem como um aumento da intensidade exportadora".
"A AEP continuará fortemente empenhada no apoio ao processo de internacionalização das empresas, apelando para que este apoio constitua também um importante desígnio e foco de orientação das políticas públicas, em benefício do desenvolvimento económico sustentado do país", remata Nunes de Almeida.
As exportações e as importações registaram em 2017 uma "significativa aceleração", aumentando 10,1% e 12,5% face a 2016, tendo o ano terminado com um agravamento do défice comercial para 13.843 milhões de euros, divulgou hoje o INE.
Segundo as 'Estatísticas do Comércio Internacional' do Instituto Nacional de Estatística (INE), o aumento de 10,1% das exportações em 2017 representa uma "significativa aceleração" relativamente ao acréscimo de 0,8% verificado em 2016, enquanto a subida de 12,5% das exportações traduz uma "acentuada aceleração" relativamente ao crescimento de 1,5% do ano anterior.
No final de 2017, o défice da balança comercial atingiu 13.843 milhões de euros em 2017, um agravamento de 2.622 milhões de euros face ao ano anterior que se refletiu num decréscimo da taxa de cobertura em 1,8 pontos percentuais, para 79,9%.
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