STE considera diminuto universo de 40 mil trabalhadores que progrediram
O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) disse hoje que apenas 40 mil trabalhadores da administração pública progrediram nas carreiras e nas remunerações em janeiro e considerou tratar-se de um universo diminuto.
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Economia Janeiro
"Aquilo que sabemos é que apenas 125 serviços fizeram progressão das remunerações e das carreiras em janeiro, abrangendo cerca de 40 mil trabalhadores da administração pública. É, claramente, um universo diminuto", disse a presidente do STE, Maria Helena Rodrigues, que falava aos jornalistas após uma reunião com a secretária de Estado da Administração e Emprego Público, Maria de Fátima Fonseca, no Ministério das Finanças.
A sindicalista disse que os números não surpreendem e que espelham o tratamento "menos razoável" dado aos trabalhadores, "não só aos da administração pública".
Maria Helena Rodrigues esclareceu ainda que os atrasos nos pagamentos serão pagos com retroativos.
"Os atrasos são pagos com retroativos e também são justificados com tudo aquilo que são as parametrizações dos sistemas informáticos. Aquilo que dizemos é que, quando foi para os cortes remuneratórios, os sistemas informáticos programaram-se muito rapidamente", concluiu.
Ainda hoje a secretária de Estado vai reunir-se com Federação dos Sindicatos de Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), afeta à UGT, e com a Frente Comum.
Na última ronda negocial, o Ministério das Finanças garantiu que vai corrigir a situação dos trabalhadores que ganham o salário mínimo (assistentes operacionais) e que têm direito a progredir. Estes funcionários ficarão assim colocados na quarta posição remuneratória no momento do descongelamento e não na terceira.
Com a alteração, os assistentes operacionais passam a receber 635,07 euros e não 583,58 euros de remuneração. Porém, o ministério ainda não revelou quantos destes trabalhadores serão abrangidos nem quanto custa a medida.
O Governo estima que cerca de 80% dos funcionários públicos terão direito a progredir na carreira este ano, estando prevista no Orçamento do Estado uma despesa líquida de 211 milhões de euros com a medida.
As progressões são pagas de forma faseada, em dois anos, sendo a primeira tranche de 25% do valor total.
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