Banco da Grécia acusa de difamação testemunhas do caso Novartis
O governador do Banco da Grécia, Yannis Stournaras, apresentou hoje uma queixa por difamação e perjúrio contra testemunhas protegidas que o envolveram num escândalo de subornos protagonizado pela multinacional farmacêutica Novartis no período de 2006 a 2015.
© Reuters
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O governador do banco central acusou as testemunhas, três ex-trabalhadores da Novartis na Grécia, de difamação e declaração falsa perante o juiz.
Stournaras apresentou ainda um pedido no Supremo Tribunal grego para que seja levantado o anonimato das três testemunhas protegidas, que, na sua opinião, "contraria a legislação nacional e as disposições da Convenção Europeia dos Direitos do Humanos".
A queixa surge depois de a procuradora anticorrupção Eleni Tulupaki ter decidido controlar as contas bancárias de dez políticos gregos cujo envolvimento no escândalo está a ser investigado.
A Novartis está sob suspeita de ter subornado entre 2006 e 2015 responsáveis políticos e médicos para alcançar uma posição dominante no mercado grego e vender medicamentos a preços elevados apesar de haver alternativas mais baratas no mercado.
Antigo ministro das Finanças (entre 2012 e 2014) e ex-professor de Economia na Universidade de Atenas, Yannis Stournaras disse numa entrevista a um jornal grego ter sido pago pela Novartis para participar em "duas ou três conferências" sobre a economia grega, antes de ocupar a pasta das Finanças em 2012.
Todos os políticos envolvidos na investigação, incluindo um outro ex-ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, negaram o seu envolvimento, denunciando uma "conspiração" do atual Governo, liderado por Alexis Tsipras.
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