Infraestruturas de Portugal: Trabalhadores reúnem em 19 de abril
As organizações representativas dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) marcaram um plenário nacional para 19 de abril de que pode resultar a ratificação de um acordo que será enviado ao Governo ou novas formas de luta, incluindo greve.
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Economia Plenário
Os trabalhadores da IP, empresa que resultou da fusão da Estradas de Portugal e da REFER, estiveram em greve na passada segunda-feira, depois de uma tentativa de acordo falhado com o Governo e a administração da empresa, que envolve nomeadamente aumentos salariais.
Num comunicado conjunto sobre as conclusões da reunião da Comissão de Trabalhadores e sindicatos que hoje decorreu, os representantes dos trabalhadores dão 15 dias à administração da IP e ao Governo para criarem condições para um acordo que vá ao encontro das pretensões dos trabalhadores e "lamentam que a postura pouco séria" da administração e Governo tenha obrigado os trabalhadores a mais um esforço na defesa das suas reivindicações, em particular, da exigência do aumento intercalar dos salários que são os mesmos desde 2009".
As organizações sindicais "reafirmam a sua disponibilidade para subscrever um acordo nos termos e conteúdos da discussão e negociação ocorrida nos dias 29 e 21 de março" e, assim, vão enviar um projeto de documento à secretaria de Estado das Infraestruturas, com conhecimento do ministro da tutela e do primeiro-ministro.
Nesse documento, os representantes dos trabalhadores referem a atribuição de um valor, na forma de subsídio provisório, de 20 euros mensais para cada trabalhador e em todas as empresas do grupo IP, independentemente do vínculo laboral, com retroativos a janeiro, que passará para 25 euros em dezembro deste ano. Em janeiro de 2019 passará a integrar a tabela salarial com o valor pago no último mês.
O documento refere ainda a discussão da regulamentação de carreiras na segunda metade do ano, para entrar em vigor em 01 de janeiro de 2019, entre outros pontos.
"Relativamente a uma proposta com valor de 11 milhões de euros que o secretário de Estado das Infraestruturas e Conselho de Administração dizem existir para aumento das remunerações, as organizações sindicais reafirmam que darão o seu acordo quando a mesma lhes for apresentada", adiantam.
Acrescentam que vão esperar que nos próximos 15 dias a administração da IP e o ministério "criem condições para a formalização do acordo nos termos" anteriormente referidos e que irão solicitar reuniões com os grupos parlamentares e comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas para "informar da forma como decorreu o processo de negociação que teve um desfecho surreal no passado dia 31, que não possibilitou a suspensão da greve passada".
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