Governo brasileiro leva 200 empresários a Pequim para reforçar relações
Uma "comitiva ministerial robusta" brasileira, a que se devem juntar 200 empresários, vai a Pequim numa demonstração de "relevância ao importante aliado chinês" e com a ambição de reforçar a cooperação comercial, disse a diplomacia brasileira.
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Economia Brasil
A comitiva é chefiada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e antes de aterrar em Pequim no dia 04 de junho, passa ainda pela Arábia Saudita, onde se reunirá com representantes do governo saudita, empresários e onde terá ainda um encontro com fundos de investimento.
Em Pequim, como detalhou em conferência de imprensa em Brasília, no Palácio Itamaraty, o diretor do departamento de China Rússia e Ásia Central, Pedro Terra, será realizada a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), presidida pelos vice-presidentes dos dois países.
Durante a visita oficial, que decorre até dia 08 de junho, deverão ser assinados acordos bilaterais no plano consular, agrícola, de investimentos e de combate às alterações climáticas.
Os 200 empresários brasileiros terão como missão principal o reforço comercial nas áreas da agricultura, indústria, finanças, transição energética e mercados capitais.
"O comércio agrícola com a China é um dos eixos mais importantes da relação bilateral", frisou o diplomata brasileiro Pedro Terra, recordando que o Brasil é o maior fornecedor da China de soja e milho.
"Possivelmente serão assinados acordos com a China para ampliar o acesso ao mercado chinês", disse.
Em 2023, a China confirmou-se como o maior parceiro comercial do Brasil e como principal destino das exportações brasileiras, que cresceram 16,5% e atingiram 105,75 mil milhões de dólares (96,55 mil milhões de euros), quase um terço de todas as exportações brasileiras.
O excedente comercial do Brasil com a China atingiu 51,83 mil milhões de dólares (47,32 mil milhões de euros).
Este ano assinalam-se os 50 anos das relações bilaterais com a China e Pedro Terra disse que existe a possibilidade de uma visita do chefe de Estado chinês, Xi Jinping, ao Brasil, o que seria "um marco muito importante".
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