Exportações de mobiliário poderão atingir este ano os 2,5 mil milhões
As exportações de mobiliário nacional poderão atingir 2,5 mil milhões de euros este ano, depois de registarem em 2023 perto de 2 mil milhões de euros, disse à Lusa a presidente da Associação Empresarial de Paços de Ferreira.
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Economia Exportações
No ano em que a marca "Capital do Móvel" faz 40 anos, Rita Pacheco referiu que prevê um crescimento "cada vez maior" dos mercados de exportação. "Efetivamente percebemos que o futuro é global", indicou, apontando que a internacionalização das empresas está "cada vez mais presente".
Em dezembro do ano passado, o principal mercado de exportação do setor do mobiliário nacional era França (32%), seguindo de Espanha (25%), Alemanha (6%) e Reino Unido (5%), de acordo com dados enviados pela Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF), com base no INE.
A entidade, que é multissetorial, está, em conjunto com outras entidades, como universidades e municípios, a dinamizar um centro tecnológico para este setor criado recentemente.
Segundo o vice-presidente da associação, Jorge Castro, um dos objetivos é fazer com o setor beneficie da popularidade de Portugal como destino turístico. Por isso, de 12 a 16 de junho, o 'cluster' do mobiliário vai até Lisboa para a 61ª edição da Capital do Móvel.
"Há uma coisa que nós queremos fazer e neste momento estamos a trabalhar nisto e esta edição de Lisboa", afirmou, apontando a ambição de fazer uma "Portuguese capital of furniture" (capital portuguesa do mobiliário).
Rita Pacheco, por sua vez, apontou questões relacionadas com a certificação de produtos e "passaportes digitais" que espera sejam agora resolvidas. "Efetivamente era uma lacuna que tínhamos", reconheceu.
Jorge Castro deu ainda conta dos desafios da agenda verde que está a ser implementada na Europa.
"De certa forma, isto vai ser extremamente exigente para a indústria", reconheceu, indicando que a associação está a promover e liderar este dossier para o mobiliário a nível nacional. Lembrou que o setor é composto na sua maioria por pequenas e médias empresas, que são quem enfrenta o maior desafio.
Rita Pacheco pediu ainda "maior celeridade" na análise de candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e na execução do programa, indicando que para as empresas do setor "é pesado" todo o processo.
Com base em dados do INE, relativos a 2022, o setor contava a nível nacional 4.487 empresas de fabrico de mobiliário e de colchões. No concelho Paços de Ferreira são 736.
Quanto ao emprego, no final de 2022 havia, a nível nacional, 36.268 pessoas ao serviço e no concelho de Paços de Ferreira são 7.133 os trabalhadores do setor.
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