Reclamações descem nas telecomunicações e sobem nos serviços postais
As reclamações no setor das telecomunicações diminuíram 11% no primeiro trimestre em termos homólogos, sobretudo devido à quebra nas queixas sobre comunicações eletrónicas, mas as relativas aos serviços postais aumentaram 15%, anunciou hoje a Anacom.
© Global Imagens
Economia Anacom
De janeiro a março, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) registou cerca de 25.200 reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações, menos 11% ou 3.000 reclamações do que em igual período de 2023.
Esta descida deveu-se sobretudo à diminuição de 22% das reclamações sobre comunicações eletrónicas, para 15.800 reclamações.
Em contrapartida, o regulador reporta um aumento homólogo de 15% nas reclamações sobre serviços postais, para 9.400 reclamações (37% do total de reclamações).
A NOS foi responsável por 38% das reclamações do setor e foi o operador mais reclamado no primeiro trimestre, tanto em termos absolutos como em termos relativos: No total, foi objeto de 5.900 reclamações, registando um indicador de duas queixas por 1.000 clientes.
Já a MEO foi o prestador que registou o menor número de reclamações no setor (0,8 reclamações por 1.000 clientes) e o que mais viu diminuir o volume de queixas no primeiro trimestre do ano, registando 4.100 reclamações (26% do total), menos 33% face ao mesmo período do ano anterior.
Por sua vez, a Vodafone registou 1,4 reclamações por 1.000 clientes, num total de 5.300 reclamações (34% do total do setor), menos 27% do que em igual período do ano passado.
Entre os assuntos mais reclamados, destaque para a demora ou reparação deficiente de falhas nos serviços e a falha no serviço de acesso à Internet fixa, ambos responsáveis por 2.000 reclamações (12% do total).
O aumento do preço do serviço foi o motivo que mais diminuiu em todos os prestadores de serviços mais reclamados face a igual período do ano anterior.
No período em análise, o distrito de Setúbal apresentou a maior taxa de reclamação para os serviços de comunicações eletrónicas, com cerca de 20 reclamações por 10.000 habitantes, enquanto Bragança foi o distrito onde menos se reclamou, com quatro reclamações por 10.000 habitantes.
Já nos serviços postais, o distrito de Faro foi o que apresentou a maior taxa de reclamação, com cerca de 14 reclamações por 10.000 habitantes e, em sentido oposto, Bragança registou a menor taxa de reclamação, com duas reclamações por 10.000 habitantes.
No que respeita ao setor postal, foi objeto de cerca de 9.400 reclamações de janeiro a março, tendo os CTT liderado em número de reclamações registadas pela Anacom, com 7.800 reclamações (83% do total do setor).
"Este número representa um aumento de 13% em comparação com o mesmo período de 2023, mas reflete uma diminuição trimestral relativa ao período anterior", nota o regulador.
A DPD representou 8% das reclamações registadas (cerca de 800) e registou o maior aumento no período em análise, com uma subida de 32%.
O conjunto de outros prestadores postais menos reclamados representou cerca de 9% das reclamações do setor e também viu aumentar as reclamações neste período (mais 17%).
No setor postal, o assunto mais reclamado foi a falta de tentativa de entrega no domicílio, que foi responsável por 20% do total das reclamações no setor, sendo que o motivo de reclamação que mais subiu no primeiro trimestre está relacionado com a conduta dos funcionários, que representa 5% do total das reclamações do setor postal e subiu dois pontos percentuais no trimestre.
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