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"Não podemos cortar os juros demasiado rápido"

O presidente do banco central alemão (Bundesbank), Joachim Nagel, defendeu hoje que "é necessário ter cautela" e não "cortar as taxas de juro demasiado rápido".

"Não podemos cortar os juros demasiado rápido"
Notícias ao Minuto

19:14 - 29/08/24 por Lusa

Economia Bundesbank

Frankfurt, 29 ago 2024 (Lusa) - O presidente do banco central alemão (Bundesbank), Joachim Nagel, defendeu hoje que "é necessário ter cautela" e não "cortar as taxas de juro demasiado rápido".

 

Num discurso sobre "O que podemos aprender com o recente episódio de desinflação?", na reunião anual da Associação de Estudos de Bancos Centrais, o responsável destacou que, apesar da inflação ter vindo a abrandar, ainda não foi atingida a meta de médio prazo de 2%.

"Embora a meta de 2% esteja à vista, ainda não a alcançámos", reiterou, apontando por isso que "uma abordagem cautelosa é justificada".

O Banco Central Europeu decidiu manter as taxas inalteradas na reunião de julho, depois de ter avançado para um primeiro corte na reunião de junho, recordou, apontando que as decisões têm de continuar a ser baseadas nos dados económicos que vão sendo conhecidos.

Joachim Nagel salientou que a evolução dos preços ao longo dos últimos tempos é como uma montanha-russa, que depois de uma "descida íngreme no início do processo de desinflação, agora está numa parte mais acidentada da pista, com pequenas subidas e descidas".

"Embora esta parte não cause a sensação de revirar o estômago que há durante uma queda íngreme, ainda existe um abalo", ilustrou.

O responsável enumerou assim alguns riscos que ainda existem para o processo de chegar à meta, nomeadamente a inflação dos serviços que está ainda elevada e as negociações salariais que possam representar pressões inflacionistas.

"Além disso, existe o risco de que uma recuperação económica um pouco mais forte possa atrasar ainda mais o regresso à meta", acrescentou.

Assim, defendeu que "um regresso atempado à estabilidade de preços não pode ser dado como garantido", pelo que é "necessário ter cautela". "Não podemos reduzir as taxas de juro demasiado rápido", concluiu.

Leia Também: Juros da dívida portuguesa sobem a cinco e 10 anos e descem a dois

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