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Trabalhadores da EGEAC manifestam-se junto à CML por melhores condições

Cerca de 50 trabalhadores da EGEAC - Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa estão desde as 10h00 de hoje concentrados na Praça do Município por melhores condições de trabalho, visando ser ouvidos pelo presidente da Câmara.

Trabalhadores da EGEAC manifestam-se junto à CML por melhores condições
Notícias ao Minuto

30/10/24 10:45 ‧ Há 4 Horas por Lusa

Economia EGEAC

Em declarações à agência Lusa cerca das 10h10, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), Nuno Almeida, contou que nos últimos três anos a administração da EGEAC, empresa municipal que gere os equipamentos culturais do concelho, tem vindo a "desrespeitar e desvalorizar" o processo negocial com os trabalhadores.

 

"Nos últimos tempos o que tem acontecido é uma falta de negociação por parte da administração em relação às matérias salariais. A administração tem-se limitado a dar aumentos salariais iguais aos que o Governo tem determinado para a administração pública. Se os trabalhadores da administração pública acham que têm vindo a empobrecer, os trabalhadores da EGEAC não são diferentes", disse.

Nuno Almeida lembrou que os trabalhadores da EGEAC -- mais de 400 - ficaram de fora da medida de valorização das carreiras determinada para os trabalhadores da administração pública em 2023.

"Este ano o conselho de administração voltou a evocar as receitas de bilheteiras dos equipamentos como desculpa para não aumentar. Diz que as receitas não dão conforto financeiro", afirmou.

Os trabalhadores, que querem falar com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), para expor os seus problemas, protestam contra uma política de contratação que descrevem como perniciosa e contra a estagnação quase total dos processos de reclassificação profissional.

A carência de trabalhadores em vários equipamentos, a falta de investimento na melhoria das condições de trabalho, a ausência de medicina de trabalho, a desregulação dos horários e a prática de assédio laboral são outras das queixas.

"Para que os trabalhadores pudessem estar presente na concentração e plenário foi emitido um pré-aviso de greve entre as 09h00 e as 13h00. Uma vez que os equipamentos começam a funcionar mais tarde, não estão previstos constrangimentos no seu funcionamento", disse.

A Lusa contactou a EGEAC, sem sucesso.

Leia Também: EGEAC repudia "ato de vandalismo" ocorrido no Castelo de São Jorge

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