Lucros da EDP sobem 14% para 1.083 milhões de euros até setembro
O lucro da EDP subiu 14% para 1.083 milhões de euros até setembro, apoiado pela atividade no Brasil e a produção hídrica no mercado ibérico, segundo informou hoje a elétrica à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
© Lusa
Economia CMVM
"O resultado líquido da EDP aumentou 14% nos primeiros nove meses de 2024, para 1.083 ME, suportado pelo bom desempenho da atividade de redes de eletricidade no Brasil assim como pela recuperação de produção hídrica no mercado ibérico, que mais do que compensaram os menores ganhos com rotação de ativos renováveis. O resultado líquido recorrente aumentou 7% para 1.095 ME", lê-se no relatório de contas.
Já a produção de energias renováveis aumentou 18%, sobretudo, diz a empresa, a energia hidrelétrica em Portugal (+66%) e eólica e solar nos EUA (+15%), o que compensou a queda dos preços grossistas de eletricidade na Europa e a forte redução da produção de eletricidade com base em combustíveis fósseis. As energias renováveis "representaram 97% da produção total de eletricidade nos primeiros nove meses de 2024, refletindo-se na redução de 73% nas emissões específicas de CO2", nota.
A EDP informa ainda que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) recorrente aumentou 1% para 3.879 milhões de euros.
Para o conjunto do ano, a EDP espera atingir um EBITDA recorrente de cerca de cinco mil milhões de euros e um resultado líquido recorrente de aproximadamente 1,3 mil milhões, "em linha com os objetivos financeiros apresentados em maio".
Já os custos operacionais caíram 2% em termos absolutos face ao período homólogo, para 1.424 milhões nos primeiros nove meses de 2024, "num contexto de expansão de atividade, refletindo o foco no aumento da eficiência", enquanto os custos financeiros líquidos aumentaram 3% face ao período homólogo para 657 milhões.
A dívida líquida da elétrica portuguesa atingiu os 17,3 mil milhões de euros em setembro, "refletindo a aceleração do investimento em energias renováveis e redes de eletricidade e o pagamento de dividendos". Para o final de 2024, esta rubrica "será influenciada pelo 'timing' dos encaixes de parcerias institucionais e de conclusão de operações de rotação de ativos, uma vez que determinadas operações poderão ser apenas concluídas em 2025".
Na quarta-feira foram divulgados os resultados da subsidiária EDP Renováveis, cujo lucro caiu 53% até setembro, para 210 milhões de euros. Na comunicação enviada à CMVM, a empresa explicou a evolução dos resultados com "menores ganhos com rotação de ativos" que o aumento de receitas operacionais não compensou.
[Notícia atualizada às 19h42]
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