Estudos sobre linha vermelha do metro esperados em dezembro, diz ministro
O ministro das Infraestruturas disse hoje, no parlamento, que "em dezembro" terá os estudos para que o prolongamento da linha do Metropolitano de Lisboa prossiga num traçado circular, como está em curso, "em laço" ou numa solução mista.
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Economia Miguel Pinto Luz
"Laço ou anel, os estudos só chegam em dezembro, e portanto temos estado a falar com a junta de freguesia, com a câmara municipal e, portanto, a seu tempo apresentaremos as soluções, que poderão apontar num sentido ou noutro, ou até numa solução mista que possa não penalizar as populações", afirmou Miguel Pinto Luz.
O governante respondia ao deputado António Filipe (PCP), numa audição conjunta das comissões de Orçamento, Finanças e Administração Pública e de Economia, Obras Públicas e Habitação, no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
"O Partido Socialista decidiu contra tudo e contra todos, e também contra uma posição muito contundente expressa aqui pelo PSD, a linha circular do Metropolitano de Lisboa", disse o depurado comunista, acrescentando que "essa decisão ainda pode ser revertida".
"O PSD vai reverter essa decisão do Partido Socialista e avançar para uma outra solução, que é segundo creio uma linha em laço, que é possível, ou se é a posição de sempre do PSD que vai ser revertida" e "vai deixar tornar um facto consumado a decisão que o Partido Socialista tomou?", questionou.
O deputado Raul Melo, do Chega, questionou o governante sobre se um possível atraso na conclusão da obra de prolongamento do metro de Lisboa poderá comprometer o seu financiando pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Pinto Luz assegurou que, em relação à Linha Vermelha do metropolitano, o executivo está "a par" e "se falhar" o prazo, irá "encontrar forma de financiar fora do PRR tudo aquilo" que tiver "de financiar" e "não haverá nenhuma obra que ficará parada".
A Câmara de Lisboa aprovou em março uma moção do PCP para instar o Governo liderado pelo PSD para determinar ao Metropolitano de Lisboa a "reavaliação imediata" do processo de construção da linha circular para funcionar "em laço".
Em reunião pública do executivo municipal, a moção foi aprovada entre os 17 membros da câmara, com os votos contra de dois dos três vereadores dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), cinco de abstenção (PS, Livre e Cidadãos Por Lisboa), e 10 votos a favor do PSD/CDS-PP, PCP e BE.
Na perspetiva do PCP, a expansão da rede do Metropolitano de Lisboa deve obedecer a dois princípios fundamentais: promover a mobilidade dentro da cidade, com recurso à utilização do transporte público de qualidade, e contribuir para a redução da utilização das viaturas particulares que entram, todos os dias, no concelho.
"O atual traçado da linha circular, já em construção, não responde de forma cabal a nenhum destes princípios", considerou o PCP, no texto da moção.
Em causa está a nova linha circular do Metropolitano de Lisboa, que vai ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré, numa extensão de mais dois quilómetros de rede, e que irá criar um anel circular no centro da cidade, e interfaces que conjugam e integram vários modos de transporte.
O funcionamento da linha circular, tal como está definido, prevê que os passageiros que saiam das estações de Odivelas, Senhor Roubado, Ameixoeira, Lumiar, Quinta das Conchas e Telheiras tenham de fazer transbordo no Campo Grande se quiserem ir para outras zonas de Lisboa.
Com a circulação "em laço", esse transbordo deixa de ser necessário e o comboio que sai da futura linha Amarela segue viagem pela nova linha circular.
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