G7 compromete-se com desenvolvimento turístico "bem gerido e equilibrado"
Os ministros do Turismo do G7, reunidos em Florença (norte da Itália) sob a presidência rotativa italiana, comprometeram-se a apoiar "uma mudança de paradigma para um desenvolvimento turístico centrado no ser humano, bem gerido e equilibrado".
© Marco Zac/NurPhoto via Getty Images
Economia G7
O documento final do grupo das sete democracias mais industrializadas do mundo, publicado hoje depois de vários dias de reuniões, aborda a necessidade de "proporcionar oportunidades de desenvolvimento e prosseguir uma prosperidade partilhada e sustentável, tirando partido dos novos avanços tecnológicos" para este setor.
O documento sublinha ainda que, "num contexto internacional marcado por múltiplas crises e conflitos", o turismo pode construir "pontes entre nações e promover a compreensão mútua e o respeito entre povos e culturas".
Os ministros do G7 (França, Alemanha, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Japão, Canadá e Itália) apelaram também ao "reforço da procura da sustentabilidade económica, social e ambiental; ao reforço do papel do capital humano através do desenvolvimento de competências; e ao aproveitamento do potencial da digitalização e da inteligência artificial".
Sublinharam que "o sucesso do turismo não deve ser medido apenas em termos de número de visitantes, mas deve ser avaliado numa perspetiva holística, tendo em conta os impactos positivos que o turismo pode gerar ao nível do destino".
"A indústria do turismo deve esforçar-se por criar um modelo global sustentável a longo prazo para garantir que os benefícios do turismo sejam amplamente distribuídos por todos, incluindo as populações locais e carenciadas, as micro, pequenas e médias empresas e toda a cadeia de valor", explicaram.
Para tal, "o apoio ao desenvolvimento participativo e bem planeado dos destinos e a abordagem da sazonalidade são elementos-chave desta abordagem".
Ao mesmo tempo, comprometeram-se a "promover e aumentar a disponibilidade de práticas e experiências turísticas amigas do ambiente, bem como a sensibilização e capacitação dos turistas, permitindo que os viajantes façam escolhas sustentáveis e bem informadas".
Sobre a Inteligência Artificial (IA), o tema proposto pela Itália para o G7, os ministros afirmaram que "pode redefinir as fronteiras do turismo, abrindo caminho para novas sugestões e experiências personalizadas para os turistas, melhorando as operações comerciais e a organização do trabalho e criando novas oportunidades de emprego".
"A IA pode contribuir para a sustentabilidade do turismo, permitindo a análise preditiva de dados complexos, permitindo uma melhor gestão dos fluxos turísticos e o planeamento de serviços nos destinos, incluindo transportes e gestão de resíduos, e promovendo a eficiência dos recursos", acrescentaram.
No entanto, alertaram para a necessidade de "garantir a cibersegurança das empresas de turismo, a proteção dos dados dos clientes, a transparência e a responsabilidade para evitar danos aos clientes, bem como os abusos da tecnologia de IA, que podem distorcer o mercado e perturbar injustamente a concorrência, como as críticas falsas".
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