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"Não sei até que ponto esta geração tem amor para ouvir um não"

Melânia Gomes esteve à conversa com o Fama ao Minuto e revelou alguns detalhes da peça que celebra os seus 20 anos de carreira e que promete levar o público numa viagem vertiginosa ao planeta das mulheres. 'Solteira Casada Viúva Divorciada' estreia esta quinta-feira, no Teatro Armando Cortez.

"Não sei até que ponto esta geração tem amor para ouvir um não"
Notícias ao Minuto

17/10/24 07:25 ‧ Há 3 Horas por Mariana Moniz

Fama Melânia Gomes

Melânia Gomes nasceu em Tomar, a 1 de outubro de 1984, mas cresceu em Viana do Castelo - a sua “casa mãe”. 

 

Com apenas 4 anos, descobriu que tinha uma grande paixão pelo teatro ao fazer pequenas peças para a escola. Foi nessa altura que percebeu qual o caminho que iria percorrer profissionalmente. 

Aos 18 anos, parte então para Lisboa para conquistar o sonho de se tornar atriz. Começou no teatro amador de Revista na Academia de Santo Amaro, passando depois a profissional, em 2003, ao conquistar uma audição no Teatro Maria Vitória.

Tendo passado por várias áreas da representação, desde cinema, teatro e até novelas, Melânia Gomes completa agora 20 anos de carreira. 

Está de regresso aos palcos para assinalar este marco com a peça ‘Solteira Casada Viúva Divorciada’. A mesma estreou no dia 19 de novembro de 2023, no Teatro Municipal de Sá de Miranda, em Viana do Castelo, e inicia agora a sua digressão pelo resto do país. 

Em entrevista ao Fama ao Minuto, a atriz revelou alguns detalhes desta peça que promete levar o público numa viagem vertiginosa ao planeta das mulheres. Além disso, falou sobre o seu percurso profissional e do que significa, para si, ter vivido duas décadas a fazer o que mais ama.

‘Solteira Casada Viúva Divorciada’ estreia esta quinta-feira, dia 17 de outubro, no Teatro Armando Cortez, em Carnide.

Notícias ao Minuto Cartaz 'Solteira Casada Viúva Divorciada'© Plano 6  

Celebra 20 anos de carreira com a peça ‘Solteira Casada Viúva Divorciada’. Como foi a estreia em Viana do Castelo?

Foi um convite da Companhia de Teatro do Noroeste para encerrar o Festival de Teatro de Viana do Castelo e para assinalar os meus 20 anos de carreira. A ideia sempre foi trazer o espetáculo para Lisboa e fazer digressão. Só que em Lisboa é muito difícil termos salas e as coisas têm de ser programadas com muita antecedência.

Entretanto, por motivos profissionais, mas também por este ‘casamento’ tão feliz que aconteceu com a ‘Plano 6’ [produtora de espetáculos], a peça acabou por ser adiada e só agora é que irá estrear em Lisboa. Mas até que calhou muito bem e estou muito feliz por estar no Teatro Armando Cortez na altura em que se celebram os 25 anos da Casa do Artista, que está a passar por uma grande remodelação. A plateia, o palco… E ter o privilégio de arrancar esta temporada num teatro tão especial e numa casa tão especial para todos nós artistas, deixa-me mesmo muito feliz.

Aconteceu exatamente no timming certo. Seja por assinalar os 20 anos de carreira em Viana do Castelo, na minha casa mãe - onde eu cresci a ver teatro e onde comecei a ter vontade de ser atriz - seja por dar início à digressão em Lisboa, durante a celebração dos 25 anos da Casa do Artista.

É essa a principal emoção que sente ao regressar aos palcos: felicidade?

É. Eu sou do palco. Este ano, na verdade, faço 20 anos de carreira televisiva. No ano passado é que fiz 20 anos de teatro. Por isso, profissionalmente, estreei-me mais ou menos ao mesmo tempo. Mas antes de me estrear profissionalmente, eu já fazia teatro amador desde pequenina. Portanto, o teatro é a minha casa. Sinto-me muito feliz e completa por poder fazer as duas coisas [teatro e televisão]. Também cheguei a fazer cinema, mas fazer teatro é sempre um ‘voltar a casa’. É uma sensação tão acolhedora, tão reconfortante. É onde passei mais tempo. O palco é a minha casa.

Texto abrange todas as fases da vida adulta de uma mulher. A vida de solteira, a de casada, divorciada e a vida de viúva

E porquê esta peça como símbolo de comemoração? 

Porque eu queria fazer um espetáculo que fosse um monólogo, que fosse uma comédia e este texto foi um sucesso no Brasil. Nós não temos muito essa cultura, então, quando andei à procura de um texto para fazer - que tivesse estas características, que fosse um texto para mim, sozinha em palco a representar várias personagens - pedi ajuda ao meu agente no Brasil, Marcus Montenegro, que me apresentou vários textos, incluindo este. Eu gostei particularmente deste, porque abrange todas as fases da vida adulta de uma mulher. A vida de solteira, a de casada, divorciada e a vida de viúva. 

Todas as fases, todos os períodos, todos os desafios e todos os momentos são diferentes para cada uma das mulheres, porque elas próprias são diferentes. Vivem conflitos diferentes, têm faixas etárias diferentes… e isso traz uma riqueza e uma conexão com as várias pessoas que vão estar na plateia. Seja por identificação ou por oposição; por conhecimento ou desconhecimento absoluto. Ao ser uma peça assim tão abrangente, senti que ia conseguir envolver mais pessoas. 

Notícias ao Minuto Cartaz 'Solteira Casada Viúva Divorciada'© Plano 6  

O que é que o público pode esperar desta peça de comédia?

Esta peça é muito engraçada. O texto é muito bom, muito cómico. Elas vivem situações muito peculiares e acho que a comédia tem o poder de transformar pelo riso, transformar pela gargalhada, pela cumplicidade, pelo ridículo da situação, por esse corte que eu gosto. Nesse aspecto, espero que as pessoas, para além de se divertirem muito, saiam diferentes. Espero que saiam com vontade de agarrar a vida, de se reerguer, de lutar pelos seus sonhos, pela sua felicidade, pelo seu bem-estar e de desvalorizar as coisas que não interessam nada. Portanto, eu espero que as pessoas saiam do espetáculo mais leves, mais felizes, mais bem-dispostas e com mais força! Com vontade de viver.

E é uma peça que é dedicada a todo o tipo de público e não só às mulheres, correto?

Exato. Todos os homens têm uma mulher. Ou, pelo menos, todos saíram de uma, quanto mais não seja. Todos têm uma mãe, uma tia, uma avó, uma prima, uma amiga, uma senhoria ou uma patroa [risos]... Nós somos um todo enquanto raça humana, portanto, quero que este espetáculo seja visto pelo máximo de mulheres e homens possível. Porque eu sei que, ao chegarmos aos homens, chegamos às mulheres, e vice-versa. Estamos todos ligados. O homem que eu possa, eventualmente, inspirar a seguir em frente, vai, com o seu caminho e com o seu percurso, levar outras pessoas atrás. 

Lá está, precisamos que as pessoas saiam deste espírito negativo, desta bolha pesada, densa, conflituosa e até medrosa que paira na nossa cabeça. E eu acho que o teatro tem essa capacidade. É uma arte que, para mim, nunca vai acabar. É impossível. Existe magia entre a plateia e o palco. Por exemplo, no Brasil, enquanto a indústria audiovisual sofreu um decréscimo e as audiência já não são o que eram, o teatro explodiu! Porque as pessoas precisam dessa conexão. Precisam de se sentar e ver a emoção pura a acontecer à sua frente. O teatro tem essa força. Claro que cada um se inspira e toca com diversas coisas, seja um filme, um livro, uma novela, o que seja. Mas é indiscutível esse momento em que a plateia se enche, as luzes apagam, o pano sobe e… já ninguém para aquilo. Eu acredito que uma peça de teatro permaneça eternamente na cabeça e no coração de um espectador. 

Já fiz espetáculos que me ajudaram enquanto atriz, já fiz espetáculos que me ajudaram enquanto pessoa. Só espero que este, com a sua pequena e modesta contribuição, faça a diferença na vida de alguma pessoa. Nem que seja só pela gargalhada. 

Notícias ao Minuto Cartaz 'Solteira Casada Viúva Divorciada'© Plano 6  

O que significa para si ter vivido duas décadas enquanto atriz?

São duas décadas pelas quais estou muito feliz, a fazer aquilo que é suposto eu fazer. Que sortuda que sou, que abençoada. Que venham mais 20, 40, 60. Eu vejo-me a trabalhar até já não conseguir mais. Porque é a minha missão, é aquilo que eu gosto, o que me deixa feliz. É o que realmente me deixa concretizada, realizada. É poder fazer o meu trabalho. E enquanto eu conseguir, tenha a idade que tiver, irei fazê-lo. 

Mário Redondo é o encenador desta peça, mas também o seu marido. Como é partilhar este amor, não só pela representação, mas também pelo outro?

É bom, porque facilita o trabalho. Há mais respeito, mais empatia. Há conhecimento para lá do teatro, do género: ‘Eu sei o que se está a passar contigo, para além disto’. Acho que há mais suporte. Quando vamos trabalhar, não levamos outra carga. O que acontece em casa, fica em casa. E, naturalmente, há exigência.

Neste projeto em particular, como o encenador é o Mário Redondo, ele sabe perfeitamente como é a desgraçada da atriz que teve e é capaz de não dar aqueles dois ou três berros que se calhar um outro encenador daria [risos].

Ajuda-me muito, por haver esse conhecimento e esse respeito, mas, sobretudo, porque nós já tínhamos trabalhado juntos no passado. Eu fiz um monólogo há 10 anos e também foi ele que encenou. O Mário conhece-me muito bem como atriz e, por isso, conseguimos chegar ao resultado final de uma forma rápida. Até porque eu também conheço bem a linguagem dele. É mais orgânico. Não há essa barreira de comunicação, é tudo muito mais fluído e mais natural. Claro que depois a exigência também é maior. Ele é uma pessoa muito exigente e por isso é que nos damos tão bem. Partilhamos a mesma paixão pelo teatro, ele é um excelente encenador e é um ator cada vez melhor. Existe muita admiração pelo trabalho um do outro. Muito respeito. E confiança. Ou seja, eu tenho sempre a certeza de que a forma como ele está a encaminhar as coisas é a melhor. Para mim, para o espetáculo… Há uma confiança total. 

O público recorrer apenas às pessoas que têm muitos seguidores, na esperança de virem a ter mais visibilidade, já não acho que esteja correto

Tendo em conta que já trabalha na área há 20 anos, quais as principais diferenças que nota no meio da representação?

Acho que as redes sociais abriram vários ‘sub-palcos’. Criaram públicos e a possibilidade de várias pessoas canalizarem a sua criatividade. Acho importante cada um perceber onde é que é feliz a trabalhar e o que é capaz de fazer. Quando as coisas começam a ficar misturadas, o resultado pode não ser tão bom. 

A experiência mais próxima que eu tenho é a do mercado brasileiro. Nos últimos anos, foram buscar-se tantas influências para se fazerem novelas e o resultado foi catastrófico em termos de audiências. O público quer sempre ver atores, seja no palco, na televisão ou no cinema. Claro que se o palco for as redes sociais, acredito que haja um ajuste da expectativa. Agora, o público recorrer apenas às pessoas que têm muitos seguidores, na esperança de virem a ter mais visibilidade, já não acho que esteja correto. Essa expectativa não reflete necessariamente um sucesso. 

Quando vim para Lisboa com o sonho de ser atriz, havia uma vontade de ser atriz. Ponto. Não havia uma vontade de ser famosa. Havia um reconhecimento pelo teu trabalho, mas mais à frente. Antes das redes sociais, começou a haver uma vontade de se ser famoso, principalmente, por causa da televisão. E acho que isso baralhou um bocadinho as pessoas. 

Hoje em dia, acho que esta nova geração já percebeu que, para fazermos aquilo que gostamos, temos de nos esforçar. Então, se eu quero ser atriz, eu tenho de estudar, tenho de ir para um conservatório, tenho de dar tudo e de estar preparada. Contudo, quem não quiser ser ator e só quiser ser famoso, também o consegue fazer de uma outra forma. Posto isto, acho que já não se sente tanto a competitividade. Outra coisa que mudou foram os castings. Tu agora envias vídeos, não vês a concorrência e, depois, és aceite ou não és aceite. E há sempre tanta coisa a acontecer que eu acho que dá para todos fazerem o seu caminho, com calma, e ajustarem as suas expectativas mediante o nosso mercado. 

Notícias ao Minuto Melânia Gomes© Joana Correia  

Esta indústria é cruel para as mulheres depois dos 40 anos

E enquanto uma mulher sente algum tipo de pressão por causa da idade?

Sei, por ser uma pessoa consciente e atenta ao mercado, que, infelizmente, esta indústria é cruel para as mulheres depois dos 40 anos e que os papéis para essas mulheres começam a diminuir drasticamente na dramaturgia. Mas como isso também vai evoluindo, e como eu sou uma pessoa bastante positiva e cheia de esperança, eu não estou muito preocupada [risos]. Com 18 anos fazia personagens de 30 e com 30 fazia personagens de 27. Claro que me cuido, pela minha saúde e pelo meu bem-estar, mas acredito que, aos poucos, a indústria vai perceber que a juventude é só um momento muito efémero e rápido na vida de um ator, e que as histórias precisam de mulheres na faixa etária dos 40-60 anos. 

A Melânia descobriu a paixão pelo teatro quando tinha apenas 4 anos. Que memórias tem dessa fase?

Lembro-me de não me calar [risos]. Eu passava os meus dias a decorar os textos e as coreografias dos espetáculos que ia fazer. Não me calava. Lembro-me que a minha família… Coitados, chegavam ao ponto de ficarem exaustos e diziam: ‘Ó Melânia, cala-te um bocadinho’. Então eu ia para a rua e lia. Eu cantava no meio na rua e lembro-me dos espanhóis me darem pesetas [moeda corrente em Espanha entre 1869 e 2002], porque me achavam imensa graça. Hoje rio-me, porque acho piada, mas na altura, para mim, era óbvio e era normal que eu estivesse a fazer aquilo. Não podia parar. 

Aos 18 anos vem para Lisboa para conquistar esse sonho de ser atriz. Com que obstáculos ou dificuldades se deparou?

A adaptação à cidade de Lisboa, que é totalmente diferente de Viana do Castelo. Eu trabalhava de noite e tinha de andar na linha da carris de madrugada. Graças a Deus, nunca me aconteceu nada, mas cheguei a ter medo dessa possibilidade. 

Mas eu sempre tive muita sorte. Tudo se alinhou de uma forma muito natural. Quando se faz teatro amador, não se é só ator. O ator amador faz tudo: carpintaria, maquinaria, cenografia, dança… tudo. E isso foi bom, porque aprendi um pouco de todas as áreas. E depois, lá está, acredito que as coisas acontecem por uma razão e eu estava a construir o meu caminho. Era o que era suposto. 

O meu encenador da altura, Paulo Vasco, era ator no Parque Mayer e ele um dia disse-me: ‘olha, o Teatro Maria Vitória vai abrir castings. Vai fazer uma audição’. E assim foi. Foi tudo muito rápido. Depois, o Camilo de Oliveira foi ver esse espetáculo no qual me estreei e convidou-me para fazer televisão. Entre convites e entre castings, a coisa foi andando. 

Notícias ao Minuto Melânia Gomes© Joana Correia  

Como era lidar com as respostas negativas?

No início não é fácil. Tu ficas muito revoltada. ‘Mas por que é que ficou aquela e não eu’? Depois começas a perceber que não vale a pena e já pensas: ‘Estou revoltada porquê? Não é o teu filme, não é o teu espetáculo, não é nada teu. Não fazes ideia do que é que o realizador anda à procura, qual é a cara da personagem. Não fazes ideia. Esquece! É o que tiver de ser. Não foi agora, há de ser para a próxima, mas também não é um problema teu. Estás a dar o teu melhor. Não podes ter outra cara, não podes ter outro corpo’. Foi um processo de aceitação. E há espaço para todos. Atualmente, não sei até que ponto esta geração tem amor suficiente para ouvir um ‘não’. 

Se pudesse destacar um momento que tenha tido particular impacto na sua carreira, qual seria?

Eu gostei muito de trabalhar com o Nicolau Breyner (1940-2016). Acho que ele me valorizou muito enquanto atriz. Tive vários momentos bons, mas trabalhar com o Nico foi… Nessa altura da minha vida, eu estava a gravar uma novela de manhã e um filme à noite [‘7 Pecados Rurais’]. Eu não dormi durante duas semanas. Foi uma prova de fogo, foi tão difícil. Mas depois, o retorno foi tão bom. Foi o filme português mais visto de sempre. Foi uma loucura e eu lembro-me de pensar: ‘como é que eu consegui?’ 

Quando me estreei, claro, também foi um momento importante. Adorei ter vivido no Brasil durante três meses e ter estado lá a estudar. Foi uma fase muito louca, mas também muito boa. 

Atualmente, pode dizer que é atriz de cinema, de teatro e até apresentadora de televisão. Tem algum carinho especial por alguma dessas áreas? O que as une e o que as distingue?

Olha, une o contacto com o público. Eu não me sinto apresentadora, embora apresente o ‘Domingão’ [programa da SIC] há três anos, para mim, é uma extensão do meu trabalho como atriz e como comunicadora. Eu amo o teatro de revista, porque temos uma ligação aberta com a plateia. Além disso, também fui, durante muitos anos, madrinha de uma marcha popular de Lisboa, em que é suposto puxar pelo público, animar as pessoas e uni-las. O ‘Domingão’ é uma grande festa popular e eu gosto muito da nossa cultura tradicional, adoro o nosso artesanato, sou uma apaixonada pela minha terra - Viana do Castelo - pelos nossos trajes… Então, o programa é uma montra desta nossa cultura popular portuguesa e das nossas tradições. 

Fazer diretos não é como estar em cena, porque são coisas diferentes, mas quando fazes diretos de tantas horas, tudo pode acontecer. Tens de estar preparada e se calhar, se eu não tivesse vindo do teatro, não me teria enquadrado tão bem ali, não seria tão natural. Se calhar, tinha criado uma persona. Acho que o sucesso deste programa tem que ver com o facto de grande parte dos apresentadores ter experiência de palco e de estar com o público. Conseguimos pegar em elementos surpresa e utilizá-los, tal como fazemos no teatro. 

Tenho, claro, um carinho especial pelo teatro, porque foi aí que comecei. Mas o que une todas estas áreas é, definitivamente, o público. E eu tenho um carinho muito especial pelo nosso público. 

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