Mpox volta a preocupar. Tudo o que deve saber em cinco perguntas
Depois da Organização Mundial de Saúde ter declarado o surto em África como emergência global de saúde, surgiu o primeiro caso grave na Suécia. É motivo de alarme?
© CDC/IMAGE POINT FR/BSIP/Universal Images Group via Getty Images
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Há alguns meses que poderia não ouvir nada sobre a Mpox. Esta quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a Mpox como emergência de saúde pública global. Um dia depois, surgiu a notícia do primeiro caso da variante mais grave do vírus na Suécia. Será que é motivo de alarme? Saiba o que deve ter em conta.
A CNN falou com Daniel Bausch, consultor de segurança em saúde de uma organização sem fins lucrativos para perceber melhor o que se está a passar. Também a OMS deixou alguns avisos.
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1- Em que sentido este surto é diferente?
Existem dois tipos de Mpox: o Clade I e o Clade II. O Clade II foi o responsável pelo surto global entre julho de 2022 e maio de 2023. Este novo surto atual surge do Clade I, que pode levar a uma doença mais grave. "Devido a uma série de fatores diferentes, o Clade Ib [nova variante do vírus] surgiu como uma nova mutação adaptada aos humanos", começa por dizer.
2- E pode ser mais perigoso?
Alguns surtos levaram à morte de 10% das pessoas que adoeceram. Contudo, noutros casos, a taxa de mortalidade é inferior a 0,2%. Ainda assim, é preciso ter alguma atenção. "Este é um vírus que está no ambiente e presumivelmente mantido em pequenos mamíferos na África. Não temos o diagnóstico adequado, realmente. A compreensão da transmissibilidade e do risco de fatalidade pode ser distorcida por limitações que tendem a detectar apenas os casos mais graves."
3- Pode chegar a mais países?
"Todos já ouvimos um milhão de vezes que ninguém está seguro até que todos estejam seguros. Há muitos motivos para se preocupar e agir de imediato, muito devido às viagens internacionais." Durante muito anos, apenas se encontrava na África Central e Ocidental. A preocupação mais generalizada chegou com o aumento de casos noutros países em 2022.
4- Quais os sintomas a que deve estar atento?
O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos refere que a erupção cutânea é algo mais comum e pode estar localizada na zona dos pés, mãos, peito, rosto boca e órgãos genitais. Outros dos sintomas passam por febre, dores de cabeça, arrepios e dores musculares.
5- Como é que é feita a transmissão?
Segundo a OMS, o contacto próximo com pessoas infetadas, nomeadamente sexual, é a principal forma de transmissão. Esta nova estirpe pode levar a sintomas mais moderados, mas com lesões visíveis na zona do peito, mãos e pés. "Precisamos também de reforçar as capacidades, especialmente no que diz respeito às clínicas de saúde sexual, se pensarmos que a transmissão sexual vai ser a principal via, o que ainda não sabemos", explicou Jaime Garcia-Iglesias à Euronews.
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