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Efeitos secundários do novo (e controverso) medicamento contra Alzheimer

A Agência Europeia do Medicamento voltou atrás e vai recomendar o novo fármaco. Contudo, existem alguns riscos.

Efeitos secundários do novo (e controverso) medicamento contra Alzheimer
Notícias ao Minuto

15/11/24 08:03 ‧ Há 5 Horas por Notícias ao Minuto

Lifestyle Doença de Alzheimer

No passado verão, Agência Europeia do Medicamento tinha anunciado que não ia recomendar o uso de um novo medicamento contra a doença de Alzheimer. Segundo o jornal El País, esta quinta-feira, os especialistas voltaram a reunir-se para recomendar a utilização do Leqembi, o nome comercial do lecanemab. Mostrou resultados positivos ao retardar a doença, mas também pode trazer alguns efeitos secundários.

 

De acordo com a Mayo Clinic, o inchaço e o aumento do sangue no cérebro são dois dos efeitos mais graves que podem resultar da toma deste medicamento. Apontam ainda as tonturas, dor de cabeça ou alteração da visão.

Segundo o El País, a resolução que saiu da nova reunião da Agência Europeia do Medicamento irá recomendar o uso do novo medicamento criado em conjunto pela a japonesa Eisai e pela americana Biogen. Ainda assim, será limitado a doentes que não tenham possuem uma cópia do gene APOE4.

Em causa está o perfil genético que pode agravar a inflamação e o aumento do sangue no cérebro. O próximo passo deverá ser a aprovação para toda a União Europeia, bem como a negociação com os vários países para definir um valor com as farmacêuticas.

Nos Estados Unidos, onde o medicamento já foi aprovado, o preço por paciente ao ano chega aos 24 mil euros. Um dos estudos feitos com o Leqembi revelou que pode retardar a progressão do declínio cognitivo em 27%. Este estudo juntou mais de 1.700 pacientes de vários países.

Nesta investigação, 12% dos pacientes revelaram inchaço cerebral e dois acabaram por morrer. Este tinha sido um dos fatores que colocou o medicamento em 'cheque' e não fez com que a Agência Europeia do Medicamento o recomendasse de imediato.

Dados adicionais ao estudo foram apresentados pelas farmacêuticas. Acompanharam os pacientes ao longo de três anos com resultados positivos na melhoria cognitiva. Segundo estes dados, não houve registo de qualquer morte.

Estes novos resultados ainda não foram revestidos por especialistas independentes ou publicados numa revista científica.

Leia Também: Coração envia sinais ao cérebro para melhorar recuperação após enfarte

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