Zelensky critica falta de autorização e meios para atacar a Rússia
O Presidente ucraniano Volodymir Zelensky apelou aos países ocidentais, que enviam ajuda militar, para autorizarem a Ucrânia a atacar as infraestruturas da Rússia a partir das quais o Exército russo está a atingir o território ucraniano.
© ROMAN PILIPEY/AFP via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
Zelensky condenou os ataques russos com mísseis teleguiados e bombas aéreas na região fronteiriça de Kharkiv e lamentou a falta de defesas aéreas da Ucrânia assim como a proibição de atacar território russo com as armas que a maioria dos aliados de Kiev enviaram para o país.
Na quinta-feira os ataques russos fizeram sete mortos na região de Kharkiv.
"Ataques como o de ontem [quinta-feira] só são possíveis "porque a Ucrânia ainda tem restrições para se defender", disse Zelenski num discurso transmitido durante a noite.
O chefe de Estado lamentou que o Exército da Ucrânia "ainda não consiga destruir" os "sistemas de disparos de mísseis" com que a Rússia ataca a Ucrânia do outro lado da fronteira, devido às restrições internacionais e à falta de mísseis de longo alcance.
Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido enviaram um número limitado de mísseis de longo alcance para a Ucrânia, que Kiev está a utilizar para destruir alvos militares russos nos territórios ucranianos ocupados pela Rússia.
Até ao momento, a maioria dos países aliados da Ucrânia proibiu a Ucrânia de utilizar as armas para atacar território da Rússia, por receio de uma retaliação direta de Moscovo.
Mesmo assim, o Reino Unido anunciou recentemente que estava a autorizar a Ucrânia a atacar território russo com armas britânicas.
Os Estados Unidos, a França e a maioria dos aliados da Ucrânia não alteraram oficialmente a política sobre a forma como Kiev pode utilizar o equipamento militar.
"Todos os países do mundo consideram que as restrições à luta contra o terrorismo são erradas e injustas", afirmou Zelenski no mesmo discurso.
"A proteção da vida deve dispor de todos os instrumentos necessários para derrotar verdadeiramente os terroristas", acrescentou, referindo-se à Rússia, antes de apelar a uma maior "determinação" dos líderes internacionais.
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