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Líder do parlamento do Irão avança com candidatura presidencial

O líder do parlamento do Irão, Mohammad Bagher Qalibaf, registou-se hoje como candidato às eleições presidenciais de 28 de junho, agendadas após a morte do Presidente Ebrahim Raissi num acidente de helicóptero.

Líder do parlamento do Irão avança com candidatura presidencial
Notícias ao Minuto

14:16 - 03/06/24 por Lusa

Mundo Irão

Qalibaf surge como um candidato proeminente que tem laços estreitos com a Guarda Revolucionária, a força militar de elite iraniana.

Qalibaf, 62 anos, chegou ao lugar de líder do parlamento após uma série de candidaturas presidenciais falhadas e de 12 anos como presidente da câmara de Teerão, durante os quais construiu o metro da capital iraniana e apoiou a construção de arranha-céus modernos.

Foi recentemente reeleito para o cargo de líder do parlamento.

O agora candidato presidencial tornou-se conhecido pelo seu apoio, como general da Guarda Revolucionária, à repressão violenta contra estudantes universitários iranianos em 1999.

Foi também Qalibaf quem ordenou o uso de armas de fogo contra estudantes iranianos em 2003, quando era chefe da polícia.

Qalibaf já tinha concorrido, sem sucesso, à presidência do Irão em 2005 e 2013 e retirou-se à última hora da campanha presidencial de 2017.

O parlamento do Irão desempenha um papel secundário na governação do país, embora possa intensificar a pressão sobre o poder presidencial, ao decidir sobre o orçamento anual e outros projetos de lei importantes.

O líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, de 85 anos, tem a palavra final em todos os assuntos importantes do Estado.

As eleições de 28 de junho foram marcadas na sequência da morte do Presidente Ebrahim Raissi num acidente de helicóptero no passado dia 19 de maio, num qual também morreram outras sete pessoas.

A corrida presidencial iraniana ocorre numa altura em que as tensões entre o Irão e o Ocidente aumentam devido ao rápido avanço do programa nuclear de Teerão, ao seu apoio à Rússia na guerra na Ucrânia e às denúncias de uma ampla repressão da dissidência.

Outro ponto de fricção é o apoio de Teerão a milícias na região do Médio Oriente, como é o caso dos rebeldes Huthis do Iémen que têm atacado navios no Mar Vermelho por causa da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

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