Uso de armas da Alemanha por Kyiv para atacar a Rússia é "passo perigoso"
O presidente russo, Vladimir Putin, advertiu hoje a Alemanha que o uso das suas armas pela Ucrânia para atingir alvos na Rússia constitui um "passo perigoso" e irá arruinar as relações entre Berlim e Moscovo.
© ALEXANDER KAZAKOV/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Putin
Respondendo a questões de jornalistas seniores de agências noticiosas internacionais, incluindo a Associated Press (AP), Putin disse que o envio de tanques alemães à Ucrânia foi um choque para muitas pessoas na Rússia, mas que o uso de armamento ocidental contra território russo teria consequências ainda mais graves.
"Agora, se utilizarem mísseis para atingir infraestruturas em território russo, isso irá arruinar totalmente as relações russo-alemãs", disse.
A Alemanha juntou-se recentemente aos Estados Unidos na autorização fornecida à Ucrânia para atingir diversos alvos em território russo com as armas de longo alcance que fornecem a Kiev.
Ao responder a jornalistas estrangeiros pela primeira vez desde a sua quinta tomada de posse como Presidente em maio, Putin também considerou que nada irá mudar nas relações entre os Estados Unidos e a Rússia independentemente da vitória de Joe Biden ou Donald Trump nas presidenciais norte-americanas de novembro.
"Trabalharemos com qualquer Presidente eleito pelo povo americano", disse Putin, ao pronunciar-se à margem do Fórum Económico Internacional de São Petersburgo.
"Afirmo-o solenemente, não acreditamos que após a eleição algo se altere na abordagem russa face às políticas dos Estados Unidos", acrescentou. "Consideramos que nada de sério vai acontecer".
Putin também considerou que a recente condenação de Trump num seu recente julgamento por uso indevido de verbas é resultado da "utilização do sistema judicial como parte da luta política interna".
Putin aproveitou a presença no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo para sublinhar o desenvolvimento da Rússia e procurar novos investimentos. Este foi o primeiro encontro com jornalistas estrangeiros neste certame desde o início da invasão militar em larga escala da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.
No ano passado, os jornalistas de países que a Rússia considera hostis -- incluindo os Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia -- não foram convidados, e os representantes oficiais e investidores ocidentais também estiveram ausentes após a imposição de um vasto pacote de sanções a Moscovo devido ao conflito na Ucrânia.
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