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México quer acordo com os EUA para deportar migrantes para os seus países

O Presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador manifestou quarta-feira a intenção de chegar a acordo com Washington para que os migrantes deportados do território norte-americano sejam enviados diretamente para os seus países de origem, sem passar pelo México.

México quer acordo com os EUA para deportar migrantes para os seus países
Notícias ao Minuto

07:49 - 06/06/24 por Lusa

Mundo México

"Estamos à espera de chegar a um acordo para que, se tomarem a decisão de deportar, o façam diretamente", sublinhou o chefe de Estado mexicano durante a sua habitual conferência de imprensa, de acordo com o jornal 'La Jornada' citado pela agência Europa Press.

López Obrador garantiu que o México "não tem problemas" em acolher e tratar "muito bem" todos os migrantes, mas manifestou as suas dúvidas sobre a necessidade de realizar estas deportações de forma triangular desde os Estados Unidos através do México.

As declarações de López Obrador surgem apenas um dia depois de o Presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, ter anunciado uma série de novas medidas para evitar que os migrantes que atravessam ilegalmente a fronteira sul recebam asilo, facilitando assim as expulsões daqueles que não estão legalmente protegidos para permanecer em território dos Estados Unidos.

As medidas não serão permanentes e serão suspensas quando o número de migrantes que atravessam a fronteira for suficientemente baixo para que o sistema dos EUA possa lidar com isso de forma segura e eficaz.

Estão também incluídas exceções humanitárias, como menores não acompanhados, vítimas de tráfico ou doentes.

Biden e López Obrador tinham mantido na terça-feira uma conversa telefónica em que abordaram vários assuntos, desde as recentes eleições no México até à "parceria sólida e construtiva" entre ambas as nações para melhorar a cooperação em questões económicas, de imigração e de segurança.

López Obrador detalhou hoje que conversou aprofundadamente com Biden sobre a Guatemala, foco de migração regional, bem como sobre o apoio à América Central, Caraíbas e América Latina para enfrentar as causas da migração.

As medidas anunciadas por Biden, que geraram críticas de ativistas e acusações de aproveitamento eleitoral pelos republicanos, geraram também dúvidas sobre se poderão ser implementadas.

Por exemplo, o Governo norte-americano celebrou um acordo com o México no qual este país vizinho concorda em aceitar até 30.000 cidadãos por mês de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela, uma vez que lhes seja negada a entrada dos EUA, mas não se sabe se este procedimento continuará em vigor.

Também não ficou claro o que acontecerá aos cidadãos de outros países cuja entrada vier a ser negada pela diretiva de Biden.

A diretiva que entrou na terça-feira em vigor difere das diretivas que o ex-presidente republicano Donald Trump tinha colocado em prática - embora se tenha baseado nas mesmas disposições da Lei de Imigração -- incluindo a diretiva de 2017 que travava a entrada de cidadãos de países de maioria muçulmana.

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