NATO. Kosovo celebra 25 anos da retirada das forças sérvias
O Kosovo celebra hoje o 25.º aniversário da retirada das forças sérvias, após uma campanha de bombardeamento de 78 dias da NATO, que contribuiu para a sua independência nove anos depois.
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Mundo NATO
Os separatistas étnicos albaneses do Exército de Libertação do Kosovo travaram uma guerra entre 1998 e 1999 com as forças sérvias, naquela que era então a província do Kosovo.
Cerca de 13 mil pessoas, na sua maioria de etnia albanesa, morreram e cerca de 1 milhão foram deportadas até que os bombardeamentos da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) resultaram na retirada sérvia e na criação de uma força internacional conhecida como Força do Kosovo (KFOR).
O Kosovo declarou a sua independência em 2008, não reconhecida por Belgrado, capital da Sérvia.
O antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair, que estava no cargo na altura, participou numa sessão parlamentar especial na capital Pristina, para celebrar o aniversário.
Também o ex-primeiro-ministro italiano Massimo D'Alema e o primeiro-ministro albanês Edi Rama participaram noutras cerimónias.
"A luta pelo Kosovo não foi apenas pelo Kosovo, mas por todos nós, incluindo o meu próprio país. Acreditamos que vale a pena defender a liberdade e a justiça e, se necessário, lutar por elas", afirmou Tony Blair num discurso.
O antigo primeiro-ministro acrescentou que se tivessem "permitido que o Kosovo e o seu povo continuassem a ser brutalizados, que os seus direitos lhes fossem retirados, que o seu futuro lhes fosse roubado", o próprio futuro de países como a Inglaterra "teria ficado diminuído".
As relações entre o Kosovo e a Sérvia permanecem tensas e as conversações, que duram há 13 anos, e que são mediadas pela União Europeia não progrediram, especialmente depois de um tiroteio, em setembro passado, entre atiradores sérvios e a polícia do Kosovo, que causou a morte de quatro pessoas.
As forças de manutenção da paz da KFOR, lideradas pela NATO, aumentaram o seu número e equipamento ao longo da fronteira entre o Kosovo e a Sérvia.
A União Europeia e os Estados Unidos têm pressionado os dois lados para adotarem acordos, que o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, e o primeiro-ministro do Kosovo, Albin Curti, alcançaram em fevereiro e março do ano passado.
As hipóteses de a Sérvia e de o Kosovo aderirem um dia à União Europeia estão comprometidas pela sua recusa em chegar a um compromisso, de acordo com o chefe da política externa do bloco, Josep Borrell.
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